O Seminário Regional sobre o Patrimônio Cultural, realizado nos dias 23, 24 e 25 de setembro em Betim (MG), reuniu vários representantes de municípios mineiros para debater a política cultural e patrimonial. O MORHAN esteve representado por Cordovil Neves de Souza (Vila), Inhana Olga, Janaina Gouveia, Eni Carajá e Bruna Franco.Assuntos relacionados à preservação do Meio Ambiente, conservação da natureza e dos sítios arqueológicos, patrimônio cultural e imaterial da humanidade, deram a linha dos debates realizados na PUC-Minas Betim e em Sabará.Neste evento, a Fundação Artístico-Cultural de Betim lançou a série Cadernos nº1 sobre o patrimônio cultural da cidade de Betim. A publicação relata a história da Casa de Cultura Josephina Bento, Museu Paulo Araújo, Estação Ferroviária Capela Nova, Capela Nossa Senhora do Rosário, Usina Doutor Gravatá, Monumento de inauguração da BR381 – a famosa Rodovia Fernão Dias – Capela São Sebastião (antiga Caixa D’água de Betim) acervo da antiga matriz e do Padre Osório, Salão do Encontro, Reinado e imagem de Nossa Senhora do rosário, Capela da antiga matriz de Nossa Senhora do Carmo, entre outros locais históricos. O caderno também relata o inventário da Colônia Santa Isabel, o Portal da antiga Colônia, situado na Rodovia MG 155 KM 5, conjunto urbano de Santa Isabel, a Biblioteca José Mariano Neto/MORHAN, as obras de arte da Via Sacra, que se encontra na igreja matriz de Santa Isabel, pintadas pelo ex-paciente Luiz Veganin, e o Cine Teatro Glória.”Como podemos perceber, o registro desta história e do seu patrimônio é fundamental para nós do MORHAN e cumpre em parte as resoluções do nosso encontro de antigos hospitais colônias, realizado em 2004, no Rio de Janeiro”, diz Eni Carajá. “Vale a pena discutir a aprofundar a questão do tombamento dos patrimônios, pois é preciso revitalizar, recuperar, reerguer e, em muitos casos, colocar à disposição para serviços coletivos da comunidade para depois promover o tombamento”. Em Santa Isabel, existe ainda o projeto de recuperação das ruínas do antigo pavilhão Mario Campos para servir a população idosa, que vive sozinha, e criar um Centro de Convivência, com gestão compartilhada, a fim de para tirar a hegemonia do Estado sobre a comunidade. Há também projetos de reformulação do Cine teatro Glória, construção da sede própria do Centro popular de Cultura, recuperação da ruína ao lado do Pavilhão Gustavo Capanema e de outros prédios históricos.”Parabenizamos a equipe de “Guardiões da memória”: Geraldo Nogueira, Paulo Luiz Domingues, Maria Francisca de Ávila(Queiróz), Nelson Flores; a Prefeita de Betim Maria do Carmo Lara Perpétuo; Aderbal Gomes e Ana Claudia Gomes, da Funarbe; e ao Sidnei Cid Garcia, arquiteto da FHEMIG. Esperamos que, com estas iniciativas, nossos dirigentes e militantes do MORHAN em todo país, em cada Hospital Colônia do Brasil, possam preservar suas histórias e seus sítios arqueológicos, patrimônio sócio-cultural e imaterial da humanidade e o material físico-arquitetônico, pois nosso passado deve ser sempre contado”, encerra Carajá.