Com novos voluntários, Morhan cresce no Tocantins

Com novos voluntários, Morhan cresce no Tocantins

Com novos voluntários, Morhan cresce no Tocantins

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Mais de 200 pessoas, entre pacientes com Hanseníase e profissionais do Sistema Único de Saúde local (SUS), reuniram-se na sexta-feira, 21 de julho, na sede da Secretaria de Saúde (Semus) de Palmas/Tocantins, para uma roda de conversa com representantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). Até aquele momento, o Morhan tinha apenas um único representante no Estado, e a expectativa era de que o encontro marcasse o início da organização de um núcleo do movimento no estado. E ela se confirmou. O diálogo e a troca de informação e experiências foram mobilizadoras e, até o final da reunião, 15 pessoas já efetivaram sua filiação como novos voluntários e voluntárias, e muitas outras manifestaram interesse em fazê-lo nos próximos dias.

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Os contatos do Morhan são o TeleHansen: 0800 026 2001, o ZapHansen: (21) 97912 0108 e o site www.morhan.org.br.

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“O Morhan vai ao encontro das necessidades das pessoas atingidas pela hanseníase. Ao longo dos anos venho levantando essa bandeira sozinho e nunca vi essa quantidade de pessoas interessadas em hanseníase. Isso me deixou feliz. Estamos no caminho certo. O Morhan vai ser implantado em Palmas, e vamos ter uma atuação muito veemente na erradicação da hanseníase”, disse Leomar Brigagão, representante do Morhan no Tocantins.

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Hanseníase não é só mancha

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Uma das novas voluntárias é a funcionária pública federal Kiara Souza, que tem sintomas da doença desde 2010, mas só diagnosticada em novembro do ano passado, quando passou a fazer o tratamento. “Todo tempo que eu procurava os ortopedistas eles falavam que era LER ou tendinite, fiz fisioterapia e melhorou um pouco, mas aos poucos fui percebendo que as pernas travavam, e, ao procurar uma dermatologista para tratar queda de cabelo, ela me diagnosticou com hanseníase. Os profissionais que procurei eram da rede particular e nunca desconfiaram de hanseníase. Só diagnosticaram quando surgiu uma mancha, e hanseníase não é só mancha. Ela ataca os nervos e deforma as pessoas”, lembra Kiara, defendendo mais divulgação sobre a doença e mais capacitação aos profissionais.

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O vice-coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio, que conduziu a roda de conversa, ficou surpreso com a quantidade de pessoas que participaram e com os depoimentos dos pacientes presentes. “Foi impressionante principalmente na questão da dor e da dificuldade da descoberta. Então eu acho que, a partir de Palmas, o modelo de tratamento, de cura, de atenção e cuidado com as pessoas de uma maneira integral pode ser expandir para o país inteiro”, ressaltou Custódio.

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Conferência sobre a doença

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Para o secretário de saúde de Palmas, Nésio Fernandes, os quatro dias do encontro que reuniu profissionais especialistas em hanseníase não poderiam terminar de forma melhor. “Estamos num processo intenso de organização da I Conferência Nacional Livre da Hanseníase, que acontecerá nos dias 19 e 20 de outubro deste ano, aqui em Palmas, e a ideia é que a gente possa intensificar muito as ações no âmbito da gestão, da academia, da inovação e tecnologia e na articulação dos profissionais de saúde, no sentido de empoderá-los cada vez mais nas habilidades necessárias para cuidar dos pacientes com hanseníase.” Ainda segundo o secretário, foi muito gratificante finalizar o encontro com o envolvimento dos pacientes e da sociedade no fortalecimento do Morhan, pois faltava esse protagonismo dos pacientes nessa luta.

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Texto editado a partir da matéria do portal da Secretaria Municipal de Saúde de Palmas (Semus), em www.palmas.to.gov.br. Fotos: Evandro Balbino.