O diretor regional da Organização Mundial de Saúde(OMS) para África, o angolano Luís Gomes Sambo, defendeu hoje, em Luanda, a continuidade dos esforços do Governo angolano na luta para a eliminação total da hanseníase no país. Em declarações à imprensa, momentos após a sua chegada ao país, onde acompanha a visita do embaixador da Boa Vontade da OMS para a eliminação da lepra, o japonês Yohei Sasakawa, Luís Gomes Sambo afirmou que o trabalho para o combate a essa doença ainda não está concluído. “A eliminação da hanseníase não significa o desaparecimento definitivo da doença, visto que existe ainda bolsas desta enfermidade em várias partes do país e é necessário um programa subsequente para continuar a reduzir ainda mais o peso deste mal”, sublinhou. Segundo o responsável angolano na OMS, a visita do nipónico Yohei Sasakawa representa um passo importante para o país, uma vez que ele tem dado um contributo bastante significativo para a redução da incidência da hanseníase no mundo e particularmente no continente africano. “Angola conseguiu atingir os níveis de eliminação da hanseníase , o quer dizer que atualmente a cada 10 mil habitantes há um caso, por essa razão o embaixador Yohei Sasakawa vem solidarizar-se com os responsáveis da Saúde de Angola, assim como definir novas etapas para o erradicação total da doença no país”, disse. De acordo com dados do Ministério da Saúde, Angola atingiu em finais de 2005 os níveis de eliminação da hanseníase requeridos pela OMS, obtendo uma taxa de 0,93 casos por 10 mil habitantes. A taxa mínima recomendada pela organização é de 1 caso por 10 mil habitantes.