Morhan recebe prêmio por políticas públicas inclusivas em Congresso Internacional da Rede Unida
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O trabalho realizado no Brasil há mais de trinta anos pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) recebeu o reconhecimento da Associação Brasileira Rede Unida. Durante a abertura do 13º Congresso Internacional da Rede Unida, que se realiza em Manaus, no estado do Amazonas, na noite desta quarta-feira, 30 de maio, o Morhan recebeu o Prêmio Antônio Levino: Experiências de Políticas Públicas Inclusivas. Representando a coordenação nacional do movimento, Thiago Flores recebeu o prêmio na Universidade Federal do Amazonas.
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Para a Rede Unida, o prêmio é uma ação política que busca para dar visibilidade à resistência democrática e às políticas inclusivas, destacando o desenvolvimento social, as experiências de fortalecimento das diversidades de pensamento e modos de existir e de superação das adversidades que marcam a existência de expressivos segmentos da população brasileira e mundial, colocados à margem do chamado “desenvolvimento econômico” e expostos em momentos de crises, como o que vivemos.
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O objetivo da láurea é premiar experiências no âmbito das políticas públicas, desenvolvidas por instituições públicas ou privadas, organizações da sociedade civil ou coletivos organizados, que tenham capacidade de inclusão de grupos populacionais vulneráveis, promovendo cidadania e atuando sobre a qualidade de vida do grupo e a defesa dos direitos humanos. O Morhan teve suas ações reconhecidas também por sua capacidade de expandir o debate sobre os direitos das pessoas atingidas pela hanseníase para além dos grupos diretamente envolvidos, fazendo circular ideias de direitos humanos, democratização e cidadania.
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A Rede Unida reúne projetos, instituições e pessoas interessadas na mudança da formação dos profissionais de saúde e na consolidação de um sistema de saúde equitativo e eficaz com forte participação social. Propõe parceria entre universidades, serviços de saúde e organizações comunitárias.
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O Morhan, que recebeu o prêmio, é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 6 de junho de 1981. Suas atividades são voltadas para a eliminação da hanseníase, através de atividades de conscientização e foco na construção de políticas públicas eficazes para a população. O Morhan luta pela garantia e respeito aos Direitos Humanos das pessoas atingidas pela hanseníase e seus familiares, temos no voluntariado sua maior força de luta e nos núcleos regionais espalhados pelo país sua principal forma de organização.
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O professor Antônio Levino da Silva Neto, homenageado no prêmio,formou-se em medicina (1991, Universidade Federal do Amazonas – UFAM), fez mestrado (2001, Fundação Oswaldo Cruz) e doutorado (2010) em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ. Foi professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, pesquisador em Saúde Pública do Centro de Pesquisa Leônidas Maria Deane-ILMD/FIOCRUZ-AM no Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia (LAHPSA). Teve produção acadêmica relevante na área da Saúde Coletiva, com ênfase nos temas: saúde pública, políticas públicas na área de saúde, avaliação de programas e serviços de saúde, saúde em áreas de fronteira, geoprocessamento, epidemiologia e educação em saúde. Além da produção acadêmica, por meio de pesquisas, publicações, orientações e participação em eventos, teve intensa militância social, em defesa da democracia, de políticas públicas inclusivas, da saúde e do Sistema Único de Saúde. Atuou intensamente, desde sua inserção no movimento estudantil universitário, na defesa de direitos sociais, da educação e da saúde públicas, da ciência & tecnologia comprometidas com o desenvolvimento social e econômico e dos direitos do trabalhador. Faleceu aos 55 anos, em 20 de abril de 2017, deixou a esposa, duas filhas e diversos amigos e militantes da causa da saúde pública.
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