30 de janeiro de 2006

30 de janeiro de 2006

OMS pede fim da discriminação de portadores de hanseníase

MANILA – Hansenianos e autoridades sanitárias internacionais lançaram um segundo apelo global, nesta segunda-feira, 29, para pôr fim à discriminação dos portadores da hanseníase, doença também conhecida como lepra. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que cerca de 100 milhões de hansenianos no mundo, além de seus parentes, ainda sofrem com o estigma social. “Queremos que o mundo todo saiba que a hanseníase é uma doença curável, que o remédio é grátis em todo o mundo. Portanto, não deveria haver discriminação”, afirmou o embaixador de boa-vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a erradicação da hanseníase, Yohei Sasakawa. Sasakawa disse ter pedido á Comissão de Direitos Humanos da ONU uma resolução determinando que todos os governos nacionais criem normas para eliminar a discriminação.  A hanseníase deixou de ser um problema de saúde pública em escala mundial depois que a cura foi disponibilizada, nos anos 80. Desde 1985, terapias com drogas já trataram mais de 15 milhões de pacientes, e evitaram deficiências em 4 milhões, diz a OMS. A despeito disso, o estigma social persiste, por conta das deformidades físicas que afligem alguns dos atingidos pela doença. Na Ásia, apenas as Filipinas e a China registram mais de 1.000 novos casos anuais da doença a cada ano.  Especialistas já encontraram uma correlação entre pobreza e a incidência da hanseníase, disse Vijaykumar Pannikar, líder do Programa Global de Hanseníase da OMS. Em alguns países, como a Índia, a discriminação está fixada em lei: por exemplo, uma mulher com hanseníase pode ser legalmente abandonada pelo marido.  Fonte: Estadão

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Casos de hanseníase caem 24,27{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} em dois anos

Em apenas dois anos, o registro de novos casos de hanseníase sofreu queda de 24,27{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}, ou seja, 10,9 mil pessoas deixaram de contrair a doença em 2005. Este é o resultado do esforço e investimentos do Ministério da Saúde na detecção precoce e tratamento adequado das pessoas portadoras da doença. A boa notícia foi apresentada hoje (26/1) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ministro da Saúde, Saraiva Felipe. Na reunião, estavam também o presidente do Movimento de Reintegração das pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio, que desempenha um importante trabalho de mobilização da sociedade em articulação com o ministério, e o cantor Ney Matogrosso, que é porta-voz da luta contra a doença e a discriminação dos portadores no Brasil.Em 2005, a taxa de detecção da doença ficou em 2,09 casos por 10 mil habitantes. Em 2004, a taxa era de 2,76 por 10 mil. Ou seja, 38,4 mil novas notificações contra 49,3 mil no ano anterior. Com esses indicadores, a expectativa é de que a meta nacional seja atingida até o  final deste ano, segundo avaliação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). “São reduções importantes em apenas dois anos”, afirma a consultora da área de hanseníase da Opas Vera Lúcia Gomes Andrade, que acompanhou a apresentação dos dados ao presidente Lula.Além disso, em 2005, foi registrada a queda de 13,45{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} na taxa de prevalência. A taxa passou de 1,71 por 10 mil habitantes em 2004 para 1,47. Essa taxa é calculada com base no número de pacientes em tratamento. Em dezembro de 2005, 27,1 mil pessoas estavam em tratamento. Até dezembro de 2004, eram 30,6 mil.Os investimentos do Ministério da Saúde quase dobraram: passaram de R$ 7,7 milhões em 2004 para R$ 13,1 milhões em 2005, numa escalada iniciada em 2003, quando foram aplicados R$ 6,4 milhões – o maior volume desde 2000 – no aperfeiçoamento do Programa Nacional de Eliminação de Hanseníase, que envolve o governo federal, estados, municípios e a sociedade civil organizada. Em 2005, foram repassados R$ 2,9 milhões para os 176 municípios prioritários (onde estão concentrados os maiores números de casos), além de um investimento de R$ 2 milhões em pesquisas sobre hanseníase.Outros R$ 3,6 milhões foram utilizados na reestruturação de antigos Hospitais-Colônia. O Telehansen do Morhan recebeu R$ 45 mil. Também foi implementado o Sistema de Alerta da Hanseníase do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems).Ampliação da rede – Outro avanço apresentado pelo ministro ao Presidente da República foi que a redução foi acompanhada da ampliação da rede de diagnóstico da doença. O aumento das unidades que fazem o diagnóstico possibilitará a identificação da doença na fase inicial, contribuindo para a redução da cadeia de transmissão da hanseníase. A doença é transmitida de uma pessoa para a outra por via respiratória.Em 2005, o número de unidades de saúde em todo o país aumentou em 41,06{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}. Um total de 12.151 unidades de saúde passou a fazer o diagnóstico da doença. Em 2004, o país contava com 8.614 postos.Esses números indicam o cumprimento da meta estabelecida pelo Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase (PNEH) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), com a intensificação de ações para que diagnóstico e tratamento estejam próximos das pessoas que necessitam.O presidente do Morhan, parceiro fundamental do Ministério da Saúde para o controle da doença, foi agradecer publicamente ao presidente Lula pela assinatura de uma carta de apelo global pelo fim do estigma à pessoa portadora de hanseníase e solicitar a criação de um grupo interministerial para tratar de ações relacionadas à eliminação da doença nos estados e municípios.Para saber mais – A hanseníase é causada por um micróbio, o Mycobacterium leprae (o bacilo de Hansen), que ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços e das pernas. A hanseníase tem cura e, se descoberta precocemente e tratada de maneira adequada, não deixa

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Grupo ministerial vai discutir políticas para portadores de hanseníase, anuncia presidente

Um grupo interministerial começa a discutir nesta semana políticas públicas destinadas aos portadores de hanseníase. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente. “(Essas pessoas) estão em colônias, tratadas como se fossem indigentes. Nós vamos cuidar dessas pessoas, sabe, como deve ser tratado todo o povo brasileiro”.Segundo Lula, o governo federal está engajado e comprometido para diminuir a hanseníase no Brasil. “É um compromisso do Ministério da Saúde, assumido com as organizações que cuidam da hanseníase no Brasil”. Ele lembrou que está provado há mais de 50 anos que a doença tem cura e afirmou que o governo precisa de “uma política sanitária forte” em todo o território nacional. “Nós já diminuímos bastante (os casos da doença) e vamos diminuir muito mais”, completou.Na semana passada, Lula recebeu em audiência no Palácio do Planalto representantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). Durante o encontro com o presidente do movimento, Artur Custódio, e o cantor Ney Matogrosso, Lula prometeu criar um grupo interministerial para propor medidas de combate à doençaA hanseníase é uma doença infecto-contagiosa causada por bacilos. Não é hereditária e sua evolução depende do sistema imunológico da pessoa infectada. Os principas sintomas são: dormência nas extremidades das mãos e pés, manchas brancas e avermelhadas em qualquer parte do corpo, geralmente com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, e diminuição da força muscular.Nélson Motta – Repórter da Agência Brasil

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