Noticias2004

O Morhan – Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase leva sua campanha para eliminação da hanseníase para a cidade de Rio Claro (RJ). Na segunda (dia 18/10) e na terça-feira (19/10), estarão sendo promovidas no município palestras, visitas a escolas, distribuição de panfletos e apresentações teatrais. Todas essas ações fazem parte do projeto “Rio sem Hanseníase”, uma parceria do Morhan com o governo do Estado do Rio de Janeiro. Saindo de Rio claro, o trabalho segue para as cidades de Quatis (dia 20/10) e Porto Real (de 20 a 22/10). Além das apresentações teatrais, uma forma divertida de falar da hanseníase, profissionais de saúde estarão dando palestras sobre as características da doença, como detectá-la e curá-la. Esse trabalho tem como objetivo, além de descobrir possíveis novos casos, orientar devidamente a população, eliminando com o preconceito que a hanseníase ainda gera na sociedade. Sabe-se que se hoje o país apresenta a segunda maior taxa de hanseníase do mundo (3,88 a cada 10 mil habitantes), estando atrás apenas da Índia, é porque falta esclarecimento e informação. Afinal, a hanseníase tem tratamento, oferecido gratuitamente nos postos de saúde, e cura.

O município de São João de Meriti está participando até o dia 07 de outubro da campanha de eliminação da hanseníase promovida pelo Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase) em parceria com o governo do estado do Rio de Janeiro. Estarão sendo promovidas ao longo da semana palestras, visitas a escolas, distribuição de panfletos e apresentações teatrais. Todas essas ações fazem parte do projeto “Rio sem Hanseníase”. Nesta segunda-feira, dia 04 de outubro, acontece a abertura oficial das atividades, no Teatro Municipal de São João, às 10h, com a presença do cantor Ney Matogrosso para conversar com a população local sobre a doença. Ney faz parte do quadro de voluntários do Morhan desde 2000, junto com outros artistas como Solange Couto, Elke Maravilha, Ney Latorraca e Nelson Freitas. O objetivo do Morhan é esclarecer a população sobre a hanseníase, eliminando o preconceito e o desconhecimento em torno dela, e capacitar profissionais da área da saúde sobre como detectar a hanseníase, tratá-la e curá-la.Saiba mais sobre a campanha em São João de Meriti em Projeto estado do Rio.

O Morhan, em parceria com o estado do RJ, visitou a cidade de Carmo em uma campanha de combate a hanseníase. O trabalho do movimento, ocorrido entre os dias 23 e 28 de agosto, teve como objetivo, além da identificação de novos casos de hanseníase, a sensibilização dos profissionais da região para o tratamento da doença.Nesse sentido, foram realizadas palestras com agentes de saúde do município e com estudantes de medicina e enfermagem. Além disso, foram realizadas apresentações teatrais em escolas, ônibus, circos e igrejas. De maneira muito divertida, o problema da hanseníase e o preconceito que ainda a doença gera na sociedade foram postos em debate.Para o coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio, os trabalhos no município foram bem sucedidos. “Em poucos dias, foram detectados 6 novos casos de hanseníase, sendo que até então, só haviam 2 em tratamento na cidade”, informou.Devido ao sucesso da campanha do movimento junto com o governo do estado do RJ, a secretaria municipal de saúde de Carmo já pensa em fazer um trabalho fixo de prevenção à hanseníase no local. “Isso é para nós uma grande vitória. Afinal, para o controle da hanseníase no país, é necessário não apenas a detecção e tratamento da doença, como também a prevenção dela por meio de ações educativas”, exclamou Artur.

Para debater o tema “Os Novos Desafios da Pastoral da Saúde”, a instituição promoveu entre os dias 05 e 06 de setembro, o 24º Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde, em São Paulo. O evento reuniu cerca de 700 pessoas que vieram de todo o Brasil para discutir sobre: “como vai a pastoral da saúde no Brasil”; “vigília social da água”; “a pastoral da saúde e o voluntariado no mundo moderno”; “a comunicação como parte da humanização”; “o agente da pastoral como esperança de cidadania e da vida”, entre outros temas.O momento foi também marcado pela parceria da Pastoral da Saúde com o Morhan, cuja finalidade é oferecer informações, combater o preconceito e esclarecer que a hanseníase é uma doença que tem cura, conforme salientou André Luiz de Oliveira, coordenador nacional da Pastoral da Saúde.Durante do congresso, foram distribuídas as cartilhas “Guia para eliminação da hanseníase como problema de saúde pública”, da Organização Mundial de Saúde (OMS), que servirão de subsídios para que os agentes de saúde da Pastoral possam ficar atentos sobre os sinais da doença e orientar a população para que os casos suspeitos sejam encaminhados aos postos de saúde. “A cartilha, além de informações básicas sobre diagnóstico e tratamento da hanseníase, traz o número do Telehansen (0800-262001), onde a população pode ligar gratuitamente e obter mais informações sobre a doença”, disse Reinaldo Carvalho, representante da coordenação nacional do MORHAN, lembrando que essas ações ajudarão a eliminar com o preconceito gerado na sociedade a cerca da hanseníase.Segundo André Luiz, esse é só o primeiro passo dado pela Pastoral e pelo Morhan. A proposta daqui para frente é capacitar os agentes da pastoral, principalmente dos estados do norte e nordeste, onde o número de casos da hanseníase é maior do que nas demais regiões, para que sejam capazes de desenvolver ações básicas de atenção à saúde.”Sem dúvida alguma esta parceria é muito importante, uma vez que a essência da Pastoral da Saúde é também a essência do Morhan. Ou seja, a de promover, preservar, defender, cuidar e celebrar a vida, conscientizando a comunidade sobre os seus direitos, principalmente o direito à saúde e, acima de tudo, zelando pela ética e pela cidadania”, destacou Leda Nascimento Vilarin, enfermeira sanitarista, massoterapeuta e coordenadora estadual do Morhan, em São Paulo.

Viajar dentro das barcas que fazem a ligação dos municípios do RJ e de Niterói é também um programa educativo e divertido. Isso porque o Morhan e o governo do estado do RJ, em parceria com as Barcas S/A, vem levando para dentro das embarcações apresentações teatrais sobre o problema da hanseníase, como detectar, tratar e curar a doença. No dia 16 de setembro, atores de teatro e voluntários do Morhan se apresentaram com esquetes teatrais de 15 minutos, falaram e conversaram com os passageiros que durante todo dia passaram pelas barcas. No dia, foram ainda distribuídos folhetos e cartilhas.O trabalho do movimento contou também com a presença do ator e humorista Nelson Freitas. Conhecido por sua participação no humorístico “Zorra Total”, Nelson falou sobre o problema da doença e do preconceito que a hanseníase gera na sociedade, distribuiu fotos e autógrafos aos presentes. “É necessário o envolvimento de pessoas públicas em causas sociais”, disse o ator, que se junta à Elke Maravilha, Ney Matogrosso, Ney Latorraca, Solange Couto e outros artistas ao quadro de voluntários do Morhan.

Dois projetos de Lei, da deputada Graça Matos, foram aprovados pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. O Projeto de Lei nº 1990/2004 cria no calendário oficial do estado do RJ a semana da conscientização para eliminação da hanseníase e o Projeto de Lei nº 1991/2004 autoriza o poder executivo a incluir questões sobre a hanseníase nos concursos públicos voltados para a área de saúde no estado do RJ.Mais informações, acessem os projetos na íntegra abaixo:Projeto de Lei nº 1990-04 (PDF)Projeto de Lei nº 1991-04 (PDF)