Noticias2013

Reportagem premiada: Filhos separados dos pais por causa da hanseníase

Reportagem venceu o 1º Lugar no prêmio AETC-JP 2013   Na segunda reportagem da série Portas Entreabertas, a Revista NORDESTE mostra como foi a separação de pais e filhos em razão da política de isolamento compulsório para pessoas acometidas pela hanseníase no Brasil. A perda do vínculo familiar acentuou o estigma em torno de uma população que, ainda hoje, luta pelo legítimo reconhecimento de um direito que lhe foi violado.  A penúltima, da série “Portas Entreabertas”, que conta a rotina de quem ainda vive na Colônia Getulio Vargas, em Bayeux.  A reportagem recebeu o “Oscar da Imprensa Paraibana”, o Prêmio AETC-JP 2013 de melhor reportagem do jornalismo impresso do ano. Confira a primeira parte da reportagem: O prédio fundado em 1934 para abrigar filhos de ex-doentes de hanseníase, na época conhecida como lepra, ainda está de pé. Quem passa pela Rua Getúlio Vargas, no Rio do Meio, em Bayeux (PB), ainda recorda-se da antiga moradia de dezenas de crianças e jovens que durante anos foram internas ali. O lugar hoje é sombrio e inóspito. Algumas paredes resistem ao tempo, outras já desabaram e se misturam às ruínas. Maria das Graças da Costa Nascimento hoje tem 52 anos. Ela é uma das antigas moradoras desse prédio “mal assombrado”. Entrou pela porta do Educandário Eunice Weaver ainda um bebê de colo e só saiu aos 14 anos. De volta ao local, 38 anos depois, diz sentir a mesma sensação: “dor e tristeza”. As palavras resumem uma história marcada pelo sofrimento e a ausência dos pais. “Foi aqui que tudo começou para mim. Aqui foi o meu inferno”. Para Maria, a infância se perdeu no educandário, como se perderam as referências e os seus sonhos. Apenas uma irmã pôde estar ao seu lado, por também fazer parte da lista dos internos daquele sistema considerado uma prisão ainda pior do que a que castigou os leprosos. “A realidade aqui era muito triste. A gente não tinha contato com o mundo lá fora e quase não víamos nossos pais. O que sabíamos deles era que eram “papa fígados” e que poderiam nos fazer mal. Aqui, nós passamos a ter medo até dos nossos próprios pais”’, recorda-se. Esse pavor foi duplamente sentido por Maria. Tanto o pai quanto a mãe foram vítimas da enfermidade. Ambos moraram parte de suas vidas no antigo leprosário de Bayeux – a Colônia Getúlio Vargas. Lá namoraram, casaram e tiveram filhos. Mas somente a mãe Severina Alves Cordeiro ia visitar as duas filhas no educandário. Não podia tocá-las, abraçá-las ou beijá-las. Apenas vê-las por entre muros que as separavam. “Via minha mãe uma vez por mês. Ela ficava do lado de fora e eu do lado de cá. Lembro-me de um dia que pulei o paredão para dar um abraço nela e fiquei de castigo muito tempo”. O depoimento é acompanhado de um longo soluço. “A minha dor maior foi ter me separado dos meus pais. Isso para mim foi muito forte. Eu sinto falta do carinho e do amor que não tive, apesar de minha mãe sempre demonstrar isso nos poucos momentos em que estivemos juntas”.  Leia mais na Revista NORDESTE 84, nas bancas!   Fonte: Site da Revista Nordeste.

Reportagem premiada: Filhos separados dos pais por causa da hanseníase Read More »

MARIA DO ROSÁRIO ASSINA APELO GLOBAL DE COMBATE AO PRECONCEITO DA HANSENÍASE

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, assinará na próxima quarta-feira, 18 de dezembro, o Apelo Global contra a Hanseníase, em cerimônia realizada na Câmara dos Deputados, às 9h, junto com deputados e senadores da Frente Parlamentar de Erradicação da Hanseníase. A adesão do Brasil ao Apelo Global 2014, documento que afirma o compromisso de luta contra o estigma e da discriminação global das pessoas atingidas pela hanseníase, é um marco no engajamento do país frente a eliminação da hanseníase e do estigma que ainda é associado à doença. Além da ministra, o evento contará com a participação de Yohei Sasakawa, embaixador das Nações Unidas para a Eliminação da Hanseníase, e de Artur Custódio, coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). Sasakawa fará uma breve apresentação sobre a relevância do Apelo Global para a saúde pública e os desafios para a eliminação da hanseníase no Brasil. Em 2013, o 8º Apelo Global, lançado no dia 24 de janeiro, em Londres, recebeu o apoio da Ordem Internacional dos Advogados (IBA, na sigla em inglês) e de 46 associações de advogados, em 40 países. A iniciativa exige a revogação imediata de leis que ainda garantem a existência de instituições e práticas discriminatórias contra a hanseníase em todo o mundo. “Legislações antiquadas e desumanas que sustentam a discriminação das pessoas atingidas pela hanseníase são fonte de muito sofrimento. Normas equivocadas ainda justificam práticas que violam dos direitos humanos e isso é inaceitável. Desfazer essa cultura da discriminação e da violência institucional é urgente. Advogados, juízes e demais profissionais da lei têm o dever ético de trabalhar para corrigir essa situação”, declara Sasakawa, que também preside a organização The Nippon Foundation, dedicada ao enfrentamento da hanseníase e à promoção dos direitos humanos. O Coordenador da Frente Parlamentar da erradicação da Hanseníase ( Deputado Nilmário Miranda) e o Coordenador da Comissão de Saúde da Camara (Dep. Federal Rosinha – PR) juntamente com Senadores e Deputados, receberão o Embaixador Sasakawa e o Coordenador Nacional do MORHAN, Artur Custódio. É esperado também uma comitiva de pessoas da antiga colonia de hanseníase de goiania, que foram separados dos pais,pela política de segregação da doença, que persistiu até a década de 80, e que reivindicam um indenização do estado Brasileiro. Artur Custódio também ressalta a importância dos Apelos Globais: “Os Apelos Globais tem o papel de ampliar o grupo de pessoas que discutem a questão da hanseníase e de despertar novos apoiadores para a causa. Assim, conseguimos apoio de governos e de organizações da sociedade civil, de empresários, médicos, advogados, educadores. E, claro, quanto mais apoio e dedicação melhor”. O Apelo de 2014 será assinado por ministros de Direitos Humanos de todo o mundo, e será lançado em Jacarta no final do mês de Janeiro. Há oito anos, o Apelo Global é promovido anualmente pela Nippon Foundation, por ocasião do Dia Mundial de Combate à Hanseníase, lembrado todo último domingo de janeiro. A iniciativa tem sido uma estratégia eficiente para a mobilização de chefes de Estado, movimentos sociais e cidadãos de todo o mundo em torno da causa. A cada ano, um tema é escolhido para o Apelo Global, lançado em um determinado país, com a participação de representantes políticos e de movimentos sociais de outras nações. O lançamento da iniciativa, em 2006 em Nova Déli, na Índia, rendeu a Yohei Sasakawa o Prêmio Nobel da Paz. Em 2012, o 7º Apelo Global foi assinado no Brasil, em fevereiro, durante o 1º Seminário Internacional de Hanseníase e Direitos Humanos, evento promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com o Morhan. Assinatura do Apelo Global pela Ministra Maria do RosárioLocal: Câmara dos Deputados, plenário n.7, anexo 2. Horário: 9h.A cerimônia será aberta ao público.

MARIA DO ROSÁRIO ASSINA APELO GLOBAL DE COMBATE AO PRECONCEITO DA HANSENÍASE Read More »

Líderes de pessoas atingidas pela hanseníase pedem que o papa se pronuncie contra a discriminação

Os líderes de organizações de pessoas atingidas pela hanseníase de nove paises e Yohei sasakawa, OMS Embaixadora da Boa Vontade para a Eliminação da Hanseníase e Presidente da Nippon Foundation, escreveram ao papa Francisco incitando a Igreja Católica para falar contra a discriminação e os rótulos que perpetuam o estigma relacionados com a hanseníase. A carta foi motivada pelo uso do Papa do termo “lepra” em referência a aspectos da Igreja que ele procura reformar. Nos últimos meses, ele disse que “carreirismo é lepra” e “o tribunal é a lepra do papado.”   Na sua carta datada de 10 de dezembro Sasakawa e os representantes das pessoas atingidas pela hanseníase do Brasil, Colômbia, Etiópia, Gana, Índia, Indonésia, Japão, Coreia do Sul e dos Estados Unidos que escrever usando a doença como uma metáfora para algo negativo ou corrompido “perpetua estereótipos profundamente enraizados e torna mais difícil para aliviar a devastação social, econômica e psicológica que a hanseníase pode ter.”   A hanseníase, também conhecida como doença de Hansen, é uma doença bacteriana que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. Se não for tratada, pode levar à incapacidade permanente. Cerca de 230 mil novos casos surgem anualmente.   Embora a doença é curável e o tratamento é gratuito, as pessoas afetadas pela hanseníase ainda enfrentam discriminação em várias partes do mundo, deixando-os isolados e marginalizados.   Em dezembro de 2010, a ONU aprovou uma resolução sobre a eliminação da discriminação contra as pessoas afetadas pela hanseníase e seus familiares. Princípios e Diretrizes de acompanhamento pedir o fim do uso de terminologia pejorativa, incitar a mídia a retratar as pessoas afetadas pela hanseníase de forma digna e observar o papel que os líderes religiosos podem desempenhar na eliminação da discriminação através de seus ensinamentos e escritos.   Na sua carta, os signatários afirmam que “receber um forte apelo pela Igreja Católica, por ocasião do Dia Mundial da Hanseníase 2014 pelo fim do estigma e da discriminação contra as pessoas atingidas pela hanseníase – incluindo o uso de linguagem discriminatória” – acrescentando que eles olhar para o Papa com antecipação para tal mensagem.   “Todos nós estamos prontos para juntar forças com Vossa Santidade para atacar os rótulos que perpetuam o estigma.”   O Dia Mundial da Hanseníase é 26 de Janeiro   Natsuko Tominaga Relações Públicas The Nippon Foundation Tel: +81-3-6229-5131 E-mail: pr@ps.nippon-foundation.or.jp

Líderes de pessoas atingidas pela hanseníase pedem que o papa se pronuncie contra a discriminação Read More »

Hanseníase na Pauta Mundial de Saúde

Os congressistas chegaram à conclusão que avanços no controle da doença ainda acontecem de forma muito vagarosa e, se creconstruirmos uma linha do tempo, podemos citar o descobrimento da cura na década de 40 e o descobrimento do tratamento com multidroga (Poliquimioterapia) na década de 70 como os principais avanços. A comunidade acadêmica internacional também chegou à conclusão que termos como “lepra” e “leproso” devem ser banidos do vocabulário mundial, pois reforça o estigma e o preconceito. Recomendam que a expressão “pessoas atingidas pela hanseníase” seja oficializada. Há 32 anos o MOvimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN) defente dessa tese e conseguiu que nenhuma publicação oficial seja impressa no Brasil com termos discriminatórios, com exceção da bíblia.   Os representantes do MORHAN no congresso foram Thiago Flores, coordenador estaudal da entidade, doutor Getúlio Ferreira e Alice Cruz. Paralelo ao evento, aconteceu na Etiópia, África, o Encontro Internacional da ONU – hanseníase e direitos humanos. O coordenador nacional do MORHAN, Artur Custódio, foi um dos representantes do Brasil neste evento.   O fundador do MORHAN, o acreano Francisco Augusto Vieira Nunes, o Bacurau, foi lembrado em Bruxelas como o grande idealizador da luta contra o prconceito e a discriminação. A frase “Hanseníase também se cura com amor” foir creditada, como forma de preservar sua memória. A paulista Alice Tibiriçá, pioneira da causa da hanseníase, também foi citada. A frase “sem o governo se possível, com o governo se preciso e contra o governo se necessário”, de sua autoria, lembrou sua luta em defesa dos portadores de hanseníase.   Fonte: Jornal em foco online.

Hanseníase na Pauta Mundial de Saúde Read More »

Começa hoje o Forum Mundial de Direitos Humanos

Aberto o Fórum Mundial de Direitos Humanos: evento já credenciou mais de 6 mil participantes Um lugar para todas as bandeiras e todas as ideias. Assim a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), definiu o Fórum Mundial de Direitos Humanos (FMDH), que começou nesta terça-feira (10), em Brasília (DF). O evento, que segue até o dia 13, está sendo dedicado a Nélson Mandela. Apenas na abertura, foram credenciadas mais de seis mil pessoas, entre participantes, expositores, imprensa e palestrantes.   O presidente da República em exercício, Michel Temer, ressaltou o empenho do governo brasileiro em organizar, pela primeira vez, um espaço internacional para o debate dos Direitos Humanos. Ele ainda sugeriu que o Brasil se torne uma espécie de “patrocinador” das próximas edições, apoiando a continuidade do FMDH em outros países. Temer lembrou que apesar de a Declaração Universal dos Direitos Humanos completar 65 anos hoje, o país passou a consolidar essas garantias nos últimos 25 anos, a partir da Constituição Cidadã, de 1988. O presidente em exercício frisou que pela atual Carta, todos os tratados internacionais no âmbito dos Direitos humanos se tornam cláusulas pétreas. “Estamos preservando e ampliando os direitos individuais e os Direitos Humanos”, afirmou. 65 anos No seu discurso, a ministra Maria do Rosário destacou o aniversário de 65 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Buscamos o diálogo e a formação de uma rede entre sociedade civil, os povos do mundo e os governos, que seja capaz de fazer a diferença em apoio àqueles que necessitam de nossa ajuda contra as forças que querem destruir as relações humanas”, declarou. Rosário ainda defendeu que “para haver desenvolvimento é necessário superar o racismo e os preconceitos contra as mulheres, jovens, pobres e pela orientação sexual”. A ministra pediu que o Congresso Nacional aprove os projetos que criam o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), a PEC de Combate ao Trabalho Escravo e o PLC 122/2006, que criminaliza todas as formas de preconceito e discriminação. “É preciso romper os estereótipos e revitalizar essa expressão (Direitos Humanos), que não significa algo diferente do que a generosidade”, disse ao citar os exemplos de Dorothy Stang, Manoel Mattos, Chico Mendes, Nelson Mandela, entre outros. Homenagem a Nelson Mandela O embaixador da África do Sul no Brasil, Mphakama Mbete, recebeu das mãos do presidente em exercício, Michel Temer, e da ministra Maria do Rosário uma homenagem ao líder sul-africano Nélson Mandela, que faleceu na quinta-feira da semana passada, dia 5. “Sentimos a sua perda. Mandela inspirou as pessoas a perdoar, a ter cuidado com o próximo”, afirmou ao agradecer a distinção dada pelo governo brasileiro. 2ª Conferência Nacional Outro momento marcante da cerimônia inaugural do Fórum foi a assinatura da portaria que define a realização da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, em 2015. As etapas municipais ocorrem no próximo ano, enquanto as preparatórias estaduais ficaram para 2015. Selo Comemorativo A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) lançou selo e carimbo comemorativos à realização do Fórum Mundial de Direitos Humanos durante a cerimônia de abertura. O material foi apresentado pela vice-presidenta da empresa, Morgana Cristina Santos. A EBCT é uma das patrocinadoras oficiais do FMDH.

Começa hoje o Forum Mundial de Direitos Humanos Read More »

MORHAN Receberá Prêmio Estadual de Direitos Humanos

MORHAN/ACRE recebe nesta sexta feira o Prêmio Estadual de Direitos Humanos. O Conselho Estadual dos Direitos Humanos e Cidadania (CEDHC) vai entrega nesta sexta para o MORHAN o Prémio Estadual que visa reconhecer as boas práticas realizadas pelo voluntários da entidade, que desenvolveram trabalhos nas áreas de promoção e defesa dos Direitos Humanos no Estado do Acre. A premiação vai ser realizada no dia 6 de Dezembro de 2013, no auditório da Sefaz, as 9:30, data em que se celebra o Dia Internacional dos Direitos Humanos. O presidente do Conselho Estadual dos Direitos Humanos e Cidadania e secretário Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão falou que as Instituições e pessoas que promovem os Direitos Humanos, merecem esse reconhecimento, pois se dedicam ao combate a homofobia, a igualdade racial, a liberdade de expressão e tantas outras causas fundamentais para que a sociedade se torne fraterna. Nos voluntários do Morhan ficamos muito felizes com este reconhecimento isto e sinal que nossa trabalho esta dando certo. Meu muito obrigado a todo os voluntários e pessoas que fizeram colaboram com esta instituição no Acre.

MORHAN Receberá Prêmio Estadual de Direitos Humanos Read More »