AL recebe certificado de eliminação da hanseníase
Alagoas recebeu do Ministério da Saúde, em solenidade durante seminário nacional realizado em Brasília, o certificado de eliminação da hanseníase enquanto problema de saúde pública. O Estado registrou em 2005 um coeficiente de prevalência da doença de 0,93 por 10 mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde considera a doença eliminada como problema de saúde pública quando a prevalência é de menos de um caso entre 10 mil pessoas. No cômputo geral, o Brasil apresenta um coeficiente de prevalência de 1,48/10.000 habitantes. Ao lado de Alagoas receberam o certificado de eliminação o Distrito Federal e mais seis estados da federação – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. Na ocasião, o MS fez entrega da V Carta de Eliminação da Hanseníase, documento que revela a situação epidemiológica da doença nos Estados a partir de informações resumidas sobre a descentralização do diagnóstico e tratamento da doença, o quadro epidemiológico com dados de 2005 e seus respectivos coeficientes de prevalência.“O resultado obtido deve-se ao compromisso assumido pela Secretaria Executiva de Saúde (Sesau) em parceria com o MS e os gestores municipais. Houve importante aumento no número de unidades de saúde que realizam diagnóstico e tratamento”, avalia a secretária executiva de Saúde, Katia Born. Conforme expôs, das 212 unidades que existiam em dezembro de 2004, o Estado passou a contar com 316 em dezembro de 2005, o que representou um incremento de cobertura de 49,06{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} de unidades com o programa de eliminação da hanseníase. Nesse mesmo período, a média nacional foi de 41,06{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}. Segundo a secretária, o alcance das metas programadas foi facilitado pela participação da LRA (The Leprosy Relief Associaton), ONG inglesa que apóia o projeto de eliminação da hanseníase em Alagoas pela regularização dos estoques de medicamentos, o desempenho dos profissionais da Saúde e de um grupo tarefa contratado pelo Ministério da Saúde. As campanhas estadual e nacional de divulgação de sinais e sintomas da doença, realizadas em janeiro e outubro de 2005, foram apontadas pela secretária como fatores positivos.Conforme a médica responsável pelo programa estadual de eliminação, Angela Correia de Melo Pomini, os casos novos de hanseníase diagnosticados pela rede de atenção à saúde mostram uma tendência ascendente de casos novos nos anos de 1991 a 2000 e, nos últimos cinco anos, o número de casos novos notificados é duas vezes mais do que o número de casos do primeiro período. “O aumento do número de casos diagnosticados na fase inicial da doença pode significar que a população está mais informada acerca da doença e procurando as unidades de saúde, cuja rede apresenta maior capacidade em realizar o diagnóstico”, analisa Angela Pomini. Sinais e sintomas da doença – A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo micróbio chamado bacilo de Hansen que atinge pele e nervos periféricos e causa sérias incapacidades físicas, psíquicas e sociais, quanto mais tardio for seu o diagnóstico e tratamento. É curável seja qual for a fase e a forma em que se apresentar. No entanto, se não for tratada no início pode causar deformações com seqüelas que, podem permanecer e levar à incapacidade. Geralmente as deformidades acontecem no nariz, olhos, mãos, dedos e nos pés. A doença ataca os nervos periféricos, o paciente perde sua força nos músculos e por causa das neurites, perde a produtividade. Por ser uma doença que pode ser confundida com outras enfermidades dermatológicas mais simples e, também, por ter um tempo longo de incubação, as pessoas costumam demorar a procurar tratamento. A coordenadora Ângela Pomini alerta para que a população fique atenta a sintomas como manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou de cor castanha em qualquer parte do corpo, com formigamento, diminuição ou perda da sensação de calor; engrossamento e dor nos nervos dos braços, pernas e pés; dormência e enfraquecimento das mãos e dos pés; caroç
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