Olinda orienta população sobre a hanseníase
Segundo a coordenadora do Programa de Eliminação da Hanseníase em Olinda, Tânia Regina, o objetivo da ação educativa é alertar a população, já que existe um grande número de pessoas portadoras na cidade e que desconhecem a doença. “Orientando esses pacientes, iremos evitar o diagnóstico tardio e que outros indivíduos sejam contaminados. A nossa idéia também é desconcentrar o atendimento em Recife e informar aos pacientes que Olinda também existem centro de referência da doença”, afirma a coordenadora.Olinda está entre as cidades brasileiras com níveis hiper-endêmicos da doença. A taxa de prevalência (pessoas em tratamento) da cidade é de 7,2 casos por 10 mil habitantes. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que esses parâmetros sejam reduzidos para pelo menos um caso por 10 mil habitantes. A mobilização contará com atrações musicais da própria comunidade, uma caminhada e distribuição de material educativo sobre hanseníase a partir das 10h30. A caminhada sairá da Associação dos Moradores, seguindo pelas ruas Djalma Dutra e Alegria e pelas Avenidas Correa de Brito e Benjamin Constant. O destino final é a Associação de Salgadinho. Doença – A hanseníase, causada pelo bacilo de Hansen (mycobacterium leprae), é uma doença transmitida por vias respiratórias, através de tosse ou espirro, a partir de uma contato intenso com o doente. A maioria das pessoas (90{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}) é resistente ao bacilo e outras desenvolvem a doença que pode iniciar pela baixa imunidade. Os sintomas geralmente aparecem de dois a sete anos depois da transmissão. A doença pode ser detectada em um simples diagnostico clínico. O tratamento da hanseníase é padrão para todos os casos, dura de seis a doze meses e somente é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Olinda, a população conta com dois postos de referência: a Policlínica Barros Barreto, no Carmo, e a São Benedito, em Peixinhos. Para Tânia Regina, o abandono no meio do tratamento é o maior problema para a Secretaria de Saúde de Olinda. “Estamos lutando para diminuirmos a evasão dos pacientes. O tratamento de hanseníase pode ser encontrado em toda rede básica da cidade”, explica.