Embaixador da boa vontade da OMS para a eliminação da hanseníase visita Luanda

Luanda, 31/07 – O Presidente da Nippon Foundation (Fundação Nipónica) e embaixador da boa vontade da OMS para a eliminação da hanseníase, Yohei Sasakawa, chega a Luanda, no dia 02 de Agosto, para uma visita de quatro dias a Angola, a convite do Ministério da Saúde (MINSA). Segundo a directora nacional do programa de luta contra essa doença, Conceição Palma, durante a sua estadia em Angola, a segunda num espaço de três anos, Yohei Sasakawa manterá, no dia 03, quinta-feira, um encontro com os principais parceiros do governo de Angola na luta pela eliminação da hanseníase e visitará o Centro de reabilitação profissional de doentes, na comuna da Funda. O Director Regional da OMS para África, Luís Gomes Sambo, vai deslocar-se a Angola na mesma ocasião para acompanhar a visita de Yohei Sasakawa. Este gesto visa testemunhar a importância e o interesse que a OMS atribui à eliminação da Hanseníase em Angola e em todo o continente africano. A visita permitirá que Yohei Sasakawa seja informado sobre a implementação do plano estratégico nacional para a eliminação da lepra durante o período de 2003- 2005, assim como sobre as perspectivas para os próximos dois anos. Aguarda-se igualmente que a visita possa permitir uma partilha de experiências com os responsáveis dos programas de saúde, equipas envolvidas na eliminação da hanseníase, parceiros e doentes de lepra que seguiram a estratégia de tratamento recomendada pela OMS. Sábado, último dia da visita, está prevista uma conferência de imprensa na sala do protocolo do aeroporto internacional 4 de Fevereiro em Luanda, que servirá para balançar os contactos realizados. Angola atingiu em finais de 2005 os níveis de eliminação da hanseníase requeridos pela Organização Mundial da Saúde, obtendo uma taxa de 0,93 casos por 10 mil habitantes. A taxa mínima recomendada pela OMS é de 1 caso por 10 mil habitantes. Segundo Conceição Palma, a taxa de prevalência de hanseníase em Angola diminuiu drásticamente desde 2003, passando de 3,54 casos por 10 mil habitantes para 0,93 casos até Dezembro de 2005. Para alcançar estes resultados, Angola elaborou um Plano Estratégico Nacional para o período 2003-2005, desenvolvendo esforços especiais para a cobertura de 100 por cento do território a nível municipal e provincial e de 80 por cento das Unidades de Saúde, com medicamentos contra a hanseníase, capacitação de pessoal, visitas regulares de supervisão e campanhas de mobilização social junto das comunidades.

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