Saúde debate hanseníase com estados do Nordeste
Salvador – Um dos maiores problemas para a saúde pública brasileira, a hanseníase, será debatido em Salvador (BA), nos dias 15 e 16 de agosto, durante a II Reunião Macrorregional Nordeste do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase (PNEH). O objetivo do encontro é reafirmar compromissos que viabilizarão o alcance da meta de eliminação da doença como problema de saúde pública no período de 2006 a 2010.O início da programação está previsto para 9h, no Hotel da Bahia, no Campo Grande, com abertura do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.Atingir a prevalência de um caso de hanseníase por 10 mil habitantes até dezembro de 2010 em cada município brasileiro, com atenção especial às crianças contaminadas, para que, com o tratamento adequado, seja quebrada a cadeia de transmissão familiar. Esta é a meta da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) em relação à doença, uma das prioridades do Ministério da Saúde.Segundo Jarbas Barbosa, será ressaltado o aumento da cobertura dos serviços em torno da doença, além da garantia da qualidade da assistência, desde as ações de atenção básica até as de média e alta complexidades. Além disso, o secretário abordará a necessidade de se estabelecer parcerias com organizações não-governamentais (ONGs) e com o movimento social para assegurar os direitos de quem é usuário desses serviçosNa avaliação da SVS, o PNEH tem alcançado êxitos importantes, mas é necessário persistir com as ações realizadas para que o diagnóstico e tratamento estejam próximos das pessoas portadoras da doença.Além de técnicos do Ministério da Saúde, estarão presentes à reunião macrorregional do PNEH coordenadores estaduais de hanseníase, parceiros de ONGs, como o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), da Federação Internacional das Associações Anti-Hanseníase (Ilep), Ordem de Malta, Pastoral da Saúde, Organização Mundial de Saúde (OMS) e centros de referência nacional em hanseníase.A hanseníase é causada por um micróbio, o Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen), que ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços e das pernas. A doença tem cura e, se descoberta precocemente e tratada de maneira adequada, não deixa seqüelas. Qualquer mancha clara e com perda de sensibilidade na pele deve ser considerada suspeita de hanseníase e o portador deverá ser encaminhado imediatamente para uma unidade de saúde pública.