28 de setembro de 2006

28 de setembro de 2006

No mesmo Brasil, doenças da pobreza e da riqueza

Moléstias antigas, como tuberculose, malária e hanseníase, convivem com malesda saúde moderna: problemas cardiovasculares, cânceres, Aids e mortes violentas.São 8h30m de terça-feira, e 30 pacientes esperam atendimento no ambulatório de hanseníase do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o maior da América Latina. Entre eles, um homem de 78 anos, dedos das mãos retorcidos. Quase não fala, pouco vê. É um caso agudo de hanseníase, moléstia milenar que marca com o estigma da deformidade. Do outro lado da rua, no Instituto do Coração, no mesmo complexo hospitalar, uma paciente com doença cardiovascular, a que mais mata no mundo, se submete à tomografia multislice, exame de última geração capaz de substituir o velho cateterismo – no qual se introduz um cateter no vaso até chegar ao coração.Pelos corredores do HC passa um pedaço do Brasil – país onde ainda se morre de hanseníase e malária, chamadas doenças da pobreza, mas que também convive com males típicos de países desenvolvidos, urbanizados e industrializados, como as doenças cardiovasculares, primeira causa de morte da população brasileira. A epidemia de violência, com mortes por causas externas (acidentes de trânsito e homicídios), é a segunda causa de óbito. Esse quadro é o que os especialistas chamam de polarização ou superposição epidemiológica: antigas moléstias transmissíveis convivendo com novas, como Aids, e com doenças não transmissíveis, como cânceres e cardiopatias.- O que seria transição epidemiológica, com a substituição de antigas doenças por novas, não aconteceu. Há uma superposição epidemiológica. No Brasil, o quadro é agudo. É um perfil epidemiológico complexo, porque não dá para esperar erradicar velhas doenças para cuidar das novas. É difícil encontrar um balanço adequado – diz o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.Das doenças antigas que persistem, há quatro grandes: hanseníase, tuberculose, malária e desnutrição – essa em alguns núcleos. O Brasil é um dos países onde a situação da hanseníase é considerada grave pela Organização Mundial da Saúde.O homem de 78 anos que aguarda na fila do Hospital das Clínicas é seu Antônio (nome fictício), que sofre com dormências e bolhas pelo corpo. Faz tratamento há dois anos. Muitos pacientes chegam até a chefe do ambulatório, Leontina Margarido, com a doença em estágio avançado. O mal de Hansen é causado por bacilo e pode ser prevenido com a vacina BCG.- A fala do governo de que a situação melhorou não é real. Temos 4,6 doentes para cada dez mil habitantes (em 2004). Os programas de saúde deixam a desejar na área de doenças endêmicas – queixa-se Leontina.O contágio foi a arma do ex-marido de Maria (nome fictício) para tentar lhe tirar dois filhos. Aos 36 anos, depois de ser tratada por oito anos como se tivesse lúpus, tem a pele envelhecida. No HC, escuta a promessa de que vai ganhar tratamento:- O marido foi embora, muita gente virou as costas. Tinha muita vergonha.Um metalúrgico de rosto deformado pede para não ser identificado, porque nem em seu trabalho sabem a verdade.- Tenho vontade de brigar porque olham pra mim. Escondo a cara – conta ele, que acabava de saber que a filha de 15 anos está com a doença.O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, diz que o Brasil já foi o segundo país no ranking de hanseníase. Hoje é o sexto. A taxa de prevalência, segundo o ministério, caiu para 1,4 por dez mil habitantes, mas a meta estabelecida pela OMS é abaixo de um.Outro problema que persiste é a mortalidade infantil, apesar da queda verificada a partir dos anos 80. A

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Município de Maceió intensifica controle à hanseníase

Com o objetivo de mobilizar a sociedade para a eliminação da hanseníase, aumentar a detecção de casos novos e iniciar tratamento específico, bem como diminuir o estigma da doença na população, a Secretaria Municipal de Saúde está intensificando as ações do Programa de Hanseníase, especialmente, nos V e VI Distritos Sanitários.“Após estudo da série histórica, dos últimos cinco anos, e da taxa de detecção nos vários distritos, esses dois apresentaram especial necessidade da intensificação das ações de diagnóstico e controle da doença”, explica o secretário municipal de Saúde João Macário.Divulgar sinais e sintomas da hanseníase para a população, examinar sintomáticos e contatos intradomiciliares dos casos da doença são algumas das ações do programa. Neste sentido, os agentes comunitários de saúde (ACS) têm um papel imprescindível. As visitas domiciliares, além de serem educativas, servem para identificar e encaminhar possíveis doentes às unidades.“Para tanto, capacitamos médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e ACS do PSF e da Vigilância Epidemiológica. Nós, ainda, realizamos reuniões com diretores de unidades e coordenadores do V e VI Distritos Sanitários”, ressalta João Macário.Os principais sinais e sintomas da hanseníase são os seguintes: manchas brancas ou avermelhadas, dor nos nervos dos braços, das mãos, das pernas ou dos pés, partes do corpo com formigamento ou dormência, caroços no corpo e falta de sensibilidade. O diagnóstico precoce dos casos quebra a cadeia de transmissão e previne a ocorrência de deformidades.A doença, no entanto, tem cura após o tratamento que pode durar de seis meses a dois anos, caso não seja interrompido. É importante destacar que mesmo que haja melhora nos sintomas da doença, é recomendada a volta ao posto de saúde para avaliação.Fonte: Gazeta Web (Secom Maceió)   

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MORHAN participa de evento sobre Educação em Saúde em Resende

A Secretaria de Saúde de Resende promove no próximo dia 30, a “XXX I X Exapicor Exposição Agro Pecuária Industrial e Comercial de Resende” no espaço da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável Saúde e Qualidade de Vida. O MORHAN participa com seu grupo de teatro no evento.Informações no telefone: (24) 3354-2477.

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