12 de setembro de 2007

A delicada relação Estado/Sociedade na construção da cidadania das pessoas atingidas pela hanseníase. Este será um dos temas discutidos na pauta do I Encontro Nacional de Conselheiros de Direitos do MORHAN, que começa no dia 17 de setembro. A mesa de abertura será composta pelo Secretário Nacional de Vigilância em Saúde Gerson Penna, o Secretário Estadual de Saúde Sérgio Côrtes e Artur Custódio, Coordenador Nacional do MORHAN. A artista e voluntária do Movimento Elke Maravilha também confirmou presença. Nesse dia também será inaugurado o Pavilhão Cultural do Tavares de Macedo, com apresentação do grupo Papo de Choro da Associação do Movimento Compositores da Baixada Fluminense.O encontro conta com a participação de quatro (04) grupos de discussão sobre vários temas propostos, entre eles O Conselho e o Papel do Conselheiro, Condições de vida princípio básico para construção de uma cidadania justa, Como inserir os Direitos Humanos, Democracia e Desenvolvimento na Agenda política dos conselhos e A relação Estado e Sociedade no Brasil: o papel dos movimentos sociais. O último dia da reunião (19, quarta-feira) será marcado por rodas de debates. Como diz Marcelo Vieira, membro do Departamento de Formação Projetos e Pesquisas (DEFORP) e coordenador do evento: “O Morhan discutindo o Brasil por uma outra cidadania”.Confira a programação!Programação do I Encontro Nacional de Conselheiros de Direitos Primeiro dia: 17/09/20079:00h – Apresentação – Coordenação do I Encontro de Conselhos de Direitos do Morhan – Departamento de Formação Projetos e Pesquisas – DEFORP – Marcelo Vieira9:10h – Mesa de abertura – A relação Estado/Sociedade na construção da cidadania das pessoas atingidas pela hanseníaseDr. Gerson Penna – Secretário Nacional de Vigilância em Saúde – SVS/MS;Dr. Sérgio Cortes – Secretário de Estado de Saúde do Estado do Rio de Janeiro – SES/RJ;Dra. Ana Cláudia  Meirim Krivochein – Diretora do Hospital Estadual Tavares de MacedoArtur Custódio Moreira de Sousa – Coordenador do Morhan Nacional.10:50h: Inauguração do Pavilhão Cultural – Apresentação do grupo Papo de Choro da Associação do Movimento Compositores da Baixada Fluminense; Manifestações culturais da comunidade: Apresentação da dupla Eraldo Silveira Santos e Armando Nogueira (Moradores do Hospital Estadual Tavares de Macedo) e Apresentação da Sra. Helena Machado (Moradora do Hospital Estadual Tavares de Macedo) manhã de autógrafos Sr. Manuel Rangel (lançando o livro “De coração a coração”) Grupo Musical Nova Visão (Moradores do Hospital Estadual Tavares de Macedo)12:30h – Almoço13:30h – Credenciamento14:15h – Roda de debatesGrupo 1- Participação na instância do conselho: limites e possibilidades;- O Conselho e o Papel do Conselheiro- Condições de

O coordenador nacional do MORHAN Artur Custódio explica a MP 373 – que prevê indenização às pessoas atingidas pela hanseníase e submetidas a isolamento compulsório – em antigos hospitais-colônia no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.  No dia 13, o coordenador do Movimento estará no Hospital-Colônia de Itapuã (RS). O Hospital, distante 58 km da Capital, era responsável por atender toda a população do Estado do Rio Grande do Sul, recebendo ao longo de sua história 1.454 pessoas oriundas de diferentes localidades. Na década de 70, uma parte ociosa do Hospital transforma-se num Centro Agrícola de Reabilitação – CAR acolhendo cerca de 180 pacientes do Hospital Psiquiátrico São Pedro, constituindo uma unidade psiquiátrica que visava recuperar a saúde mental dos indivíduos originários da zona rural, através do trabalho agrícola.  Hoje, o Hospital-Colônia Itapuã (Rodovia Frei Pacífico, s/n – Viamão) conta com aproximadamente 122 moradores-usuários – 82 com sofrimento psíquico e 47 ex-hansenianos, que têm assistência não só de moradia, mas também de uma política que visa o resgate da cidadania e a reintegração social destes sujeitos, tão marcados pelo preconceito e exclusão.  Na sexta-feira (14), Artur Custódio participa de reunião no Hospital-Colônia de São Julião, localizado no Mato Grosso do Sul, Estado onde ainda existem altos índices de hanseníase. A instituição fica na Rua Lino Vilachar, 1250 – São Julião.