Embaixador da OMS e o coordenador do MORHAN pedem ao CDH novas medidas para controlar a hanseníase
Sasakawa pediu o desenvolvimento de princípios e guias de atuação entre Governos, ONG e a ONU, para acabar com a discriminação dos atingidos pela doença.Além de embaixador da OMS, Sasakawa é presidente da fundação japonesa Sasakawa, uma ONG que trabalha na eliminação da hanseníase e no atendimento a suas vítimas.O especialista, que está há mais de trinta anos trabalhando nesta causa, lembrou que essa doença é curável desde 1980, e que seu tratamento é acessível em grande parte do mundo. Assim, nos últimos anos, 15 milhões de pessoas se curaram da hanseníase, doença que atualmente só constitui um problema de saúde pública em quatro países. No entanto, assinalou Sasakawa, em muitas outras partes do mundo a doença “continua sendo uma fonte de discriminação e de pobreza”, por causa da ignorância que existe entre a população.Em muitos países, os portadores da hanseníase estão excluídos de escolas, assim como de muitos locais de trabalho, e são rechaçados por grande parte da comunidade. “Não há outra doença cujos pacientes sofram tamanha marginalização, inclusive depois de curados”, concluiu o especialista.MORHAN e a missão do Governo Brasileiro em Genebra (Suíça) estiveram presentes e participaram do discurso. O coordenador Nacional do MORHAN, juntamente com a Dra. Lavínia Faccini, reiteraram a importância da defesa dos Direitos Humanos das pessoas atingidas pela hanseníase. A contextualização do tratamento da doença no Brasil, a situação dos antigos hospitais-colônia e o direito à informação foram pauta. “É importante ressaltar o empoderamento que o MORHAN proporciona essas pesssoas a lutarem pelos seus direitos e pressionarem os Governos em todos os níveis”, diz Artur, elogiando o Governo Federal Brasileiro pela parceria e apoio às lutas do Movimento.