17 de outubro de 2007

17 de outubro de 2007

Primeiras visitas técnicas foram realizadas nos hospitais-colônia do Rio de Janeiro

A Comissão Interministerial de Avaliação da Hanseníase começou nesta semana as visitas técnicas aos antigos hospitais-colônia. As primeiras unidades contempladas foram o Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária (Hospital de Curupaiti – localizado em Jacarepaguá) e o Hospital Tavares de Macedo, de Itaboraí, Estado do Rio de Janeiro. A comitiva, liderada pelo Coordenador Nacional do MORHAN Artur Custódio, Marilda Andrade e Wagner Nogueira – coordenadores dos Programas de Hanseníase do Estado do Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente – apontou melhorias na infra-estrutura desses hospitais. Baseado no projeto de reforma das colônias, iniciado em fevereiro deste ano, ambos tiveram pavilhões inaugurados e/ou restaurados. As lideranças dessas colônias estiveram presentes na reunião – cerca de 30 pessoas em cada uma. A autonomia de gestão e a necessidade de especialistas (principalmente geriatras) para as unidades de saúde foram apresentadas como itens fundamentais. A realização de um projeto para capacitação profissional dos moradores também foi solicitada. “A Escola Técnica Isabel dos Santos (localizada no Centro do Rio de Janeiro) já possui cursos de adaptação de calçados e, em breve, cuidadores de idosos. Pensamos em firmar uma parceria com as colônias, visto que a capacitação é a base para gerar emprego e fonte de renda a essas pessoas”, diz Marilda Andrade. “A previsão é que comece ainda este ano”.

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MORHAN Mogi das Cruzes: um exemplo de perseverança

“Nós todos devemos abraçar a causa com muita vontade e unidos, porque só assim vamos conseguir acabar com o preconceito”. Essa frase, proferida por Nadia Ocinschi Menezes da Silva, relata perfeitamente a luta para reerguer um núcleo do MORHAN em Mogi das Cruzes (SP). A união e a força de vontade foram elementos fundamentais para que o sonho dos moradores do antigo hospital-colônia Dr. Arnaldo Pezzutti Cavalcanti fosse concretizado.  Inativo há mais de cinco anos, o MORHAN Mogi das Cruzes existia desde o tempo de Bacurau, fundador do Movimento. A moradora da Colônia Raimunda Juca Viana teve a iniciativa de reativar o núcleo. Imaginava quão complicada essa tarefa seria. Mas não desanimou. Uniu-se a Nadia. “Quando entrei, não sabíamos o que fazer para divulgar a causa da hanseníase”, diz. Durante a reestruturação do núcleo, em 2004, firmou-se parceria com o SESI e uma pequena equipe começou a participar das ações de Cidadania e do projeto Ação Global. Começaram a arrecadar fundos para formalizar o espaço, através da venda de doces e salgados e com a doação de materiais. Nessa época, a tesoureira Magda Klein dos Santos se filiou ao Movimento. Com a verba adquirida, conseguiram registrar o núcleo no cartório no último 25 de setembro.  “A parceria com o SESI cresceu bastante. Fazemos campanhas de prevenção à hanseníase. Geralmente, passam pelo nosso estande cerca de 500 pessoas, dependendo do lugar. Já diagnosticamos casos da doença in loco”, comenta Nadia. O núcleo também oferece capacitação de voluntários, realizada dentro da própria colônia. “Muitas vezes, são pacientes que vão para consulta no hospital e consomem nossos produtos. Há também aqueles que se filiam ao Movimento depois de conhecer o nosso trabalho com o SESI”.  O núcleo possui um escritório improvisado dentro da igreja local. As reuniões acontecem no salão da caixa beneficente. Nadia afirma que, como plano para um futuro próximo, há um projeto para erguer uma sede dentro do hospital. “Também pretendo fazer um trabalho de ajuda psicológica com os pacientes novos, além da criação de oficinas de artesanato e informática”. A vice-coordenadora visa investir ainda no campo das artes. “Sonho em formar um coral, composto pelos moradores da colônia. Temos um teatro enorme, do tempo da (internação) compulsória, que está para ser tombado”. Segundo ela, existem muitos idosos que não vêem a hora de se reunir na sede, “para jogar carteado e conversar”. “O local que estamos reivindicando tem até um coreto, mas está no meio do mato. Queremos criar uma área de lazer para os pacientes da colônia e de fora”.   Nadia não esconde o orgulho de ter conseguido oficializar o núcleo. Em 4

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