Dia 24 de janeiro é o Dia Internacional da Luta contra a Hanseníase. A Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Mato Grosso (SES/MT), seguindo orientações do Ministério da Saúde (MS) para a aplicação do Programa Estadual de Combate a Hanseníase, desenvolve ações contínuas de combate, controle e enfrentamento da doença, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, Igrejas e Sociedade Civil Organizada em todas as regiões do Estado.Para esta data, está programada uma ação de mobilização popular, na Praça Alencastro, em Cuiabá, a partir das oito horas da manhã, com entrega de folders, materiais educativos e orientações gerais sobre os principais sintomas, sinais e formas de prevenção, controle e tratamento da hanseníase. “Como o nosso ideal é conscientizar e informar cada vez mais o maior número de pessoas quanto a doença, no decorrer da semana, que antecede o dia 24 (sábado), estaremos fixando e divulgando informações nos ônibus, praças, igrejas e nas contas de água e energia. Quanto maior a divulgação da hanseníase, maiores são as chances de detecção de casos novos, tratamento e consequentemente a cura do paciente”, informou o coordenador do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Cícero Fraga. Cícero Fraga destacou para um fato importante com relação a Hanseníase. Segundo ele, tão importante quanto a realização de exames nos pacientes diagnosticados ou suspeitos é também da realização de exames nos familiares, amigos e pessoas próximas ao paciente para uma possível detecção de um novo caso da doença. Muitas vezes, isso passa despercebido. “Na batalha contra a hanseníase, Mato Grosso vem investindo na detecção de novos casos, visando ao encaminhamento para tratamento e, consequentemente, a cura”, salientou o coordenador. Dados parciais mostram que, no ano passado, foram registrados 2.230 casos novos da doença, com índice de cura de 78.6{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8}. Já no ano de 2007 foram notificados 3.008 casos novos, com cura de 67{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8}. Em 2006, foram 3.658 casos novos e cura de 72{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8}. “O Ministério da Saúde preconiza um índice de cura de 90{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8}. Por isso a necessidade dessas ações de sensibilização e conscientização da população. A hanseníase tem cura, porém se faz necessário um acompanhamento do paciente, um diagnóstico precoce e um tratamento correto para se evitar as seqüelas futuras dos pacientes”, declarou Cícero Fraga. Para descobrir todos os casos existentes, o Estado trabalha em parceria com os municípios, visto que é na atenção básica que se busca a detecção e cura. Conforme Cícero Fraga, uma das ações da atenção básica tem sido a realização dos contatos intradomiciliares, ou seja, avaliação das pessoas que residam na mesma casa onde já há um caso da doença. Neste caso, é aplicada a vacina BCG que melhora a imunidade da pessoa, embora não evite que ela contraía a doença. “O Estado também vem concentrado todos os esforços para melhorar o exame de contato”. Atualmente, 100{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8} das cidades mato-grossenses desenvolvem as ações de prevenção da hanseníase, sendo que 77{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8} das unidades de saúde do Estado contam com programas de controle da doença. A Saúde também tem investido na supervisão, capacitação de profissionais e em campanhas educativas. O tratamento da hanseníase é gratuito e tem uma duração de seis a doze meses. “Sete dias após o início do tratamento, a pessoa não transmite mais a doença, porém é necessário que se concretize o tratamento para se obter a cura”, disse o coordenador. A hanseníase é uma doença causada por uma bactéria, a Micobacterium leprae, que se propaga quando a pessoa portadora da doença fala, tosse ou mesmo respira próximo de alguém que não tem a bactéria. Alguns fatores, como o uso de água tratada, prática de saneamento básico, condições habitacionais confortáveis, podem diminuir a ocorrência da doença. A migração elevada e as grandes periferias urbanas, onde a qualidade de vida é baixa, também podem facilitar a disseminação da hanseníase, mas não são as causas