10 de fevereiro de 2009

10 de fevereiro de 2009

Pará inicia campanha estadual de combate e controle da hanseníase

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou como meta, em 1991, a eliminação da hanseníase como problema de saúde pública em todos os países endêmicos. No Pará, o objetivo principal é reduzir em 10{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8} o coeficiente de incidência da hanseníase em menores de 15 anos no período de 2008 a 2011. O Estado pretende alcançar a meta investindo na capacitação de pessoal, adequação de suprimento e fluxo de medicamentos, estímulo à procura dos serviços pela população, divulgação sobre a doença, prevenção e tratamento e, ainda, o aprimoramento do sistema de informação para melhor avaliar os resultados do trabalho. Para 2009, a Coordenação Estadual de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) iniciou a Campanha Estadual de Combate e Controle da Hanseníase no último domingo de janeiro, que prossegue durante todo o 1º quadrimestre do ano. Para a campanha, já foram realizadas parcerias com sete regionais de saúde e distribuídos 196.300 folders e 40 mil cartazes, produzidos pelo Ministério da Saúde e Governo do Pará. Para as outras seis regionais, estão sendo agendadas reuniões de sensibilização. O Pará possui 143 municípios dos quais 65 são classificados como prioritários pela tendência de detecção de casos em menores de 15 anos, nos últimos cinco anos. Dentre eles, 46 municípios são classificados como hiperendêmico de acordo com os parâmetros nacionais do Ministério da Saúde. O Estado é hiperendêmico em casos de hanseníase no Brasil, mas, desde 2004, vem mostrando uma tendência de redução discreta no coeficiente de detecção. A proporção de cura em 2007 foi de 79,3{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8} e a vigilância de contatos atingiu a proporção de 50,44{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8} em menores de 15 anos, o que demonstra melhoria nas ações de vigilância dessa população. No ano de 2008, o número de casos novos detectados até agora é de cerca de 3.707. Estes dados ainda são parciais, porque somente a partir de março o banco de dados do Sinan Net estará com todos os dados do Estado para que seja possível fazer uma avaliação completa do ano de 2008. Cura – Apesar de ser um grande desafio, a hanseníase é de fácil diagnóstico. “O mais importante, após descobrir a doença, é saber que hanseníase tem cura e que, na fase inicial, essa cura pode ser obtida em seis meses de tratamento, com pouca possibilidade de deixar seqüelas e os remédios são gratuitos na rede pública”, explica Luis Augusto Oliveira, da Coordenação Estadual de Dermatologia Sanitária da Sespa. Informação como meta – O grande obstáculo sobre a doença é a desinformação. Por este motivo, o Estado vem investindo na capacitação de profissionais de saúde, em especial, da Atenção Básica, para realizar precocemente o diagnóstico e tratamento. Segundo Luis Augusto, “para evitar novos casos, é preciso tratar e curar os doentes, realizar vigilância de contatos, informar a população sobre sinais e sintomas, promover a adesão de novos parceiros, escolas, empresas, movimentos sociais e, assim, controlar melhor a hanseníase no Estado. Para eliminar o preconceito, é importante trabalharmos na prevenção de incapacidades, informando a população quanto a doença e articulando com os movimentos sociais”. Hanseníase – Doença infecciosa e transmissível causada por um micróbio, que atinge pele e nervos e se não for tratada provoca sérias deformidades. Os sintomas são manchas brancas ou avermelhadas ou caroços que não coçam, não doem e são insensíveis ao calor e ao frio; sensação de dormência, formigamento, manchas adormecidas na pele, caroços pelo corpo, dores nos nervos, câimbras e fraqueza nos braços, mãos e pés. A transmissão passa de pessoa para pessoa, pela respiração, pela fala, por meio do convívio co

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MORHAN participa do Ação Saúde na quadra da Vai-Vai

A quadra da Escola de Samba paulista Vai-Vai abrigará, entre os dias 9 e 15 de fevereiro, o projeto Ação Saúde. A iniciativa consiste em levar à população um conjunto de ações que buscam despertar a consciência da comunidade do Bixiga para práticas saudáveis: prevenção de doenças, através de palestras, caminhadas, atividades esportivas; exames preventivos; orientações nutricionais e saúde em geral. Artistas voluntários do MORHAN participaram da abertura do evento, realizada no último domingo (8). Edimar Thobias, presidente da Escola de Samba Vai Vai, salientou que esta será a primeira de muitas ações sociais que a Escola pretende realizar. A abertura contou com a presença de Orlando Silva, Ministro dos Esportes; Dr. Antônio Alves, Secretário Adjunto do Ministério da Saúde; Dr. Eduardo Luiz Barbosa, diretor adjunto do Programa Nacional de DST/AIDS e  Dr. Fernando Campos, gerente do Hospital A C Camargo. Artur Custódio, Coordenador Nacional do MORHAN e  artistas voluntários, como Elke Maravilha, Luiz Ferrar, Da Gama, Karla Karenina (além dos voluntários do MORHAN Jabaquara) também compareceram no evento. O Ação Saúde antecede o carnaval, onde a Escola de Samba Vai Vai apresentará na avenida do enredo MENS SANA ET CORPORE SANO – O MILÊNIO DA SUPERAÇÃO,  unindo  a alegria e a força do carnaval com a seriedade sobre a  saúde. 

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Isolados por hanseníase são indenizados no Instituto Lauro de Souza Lima

Ainda morando nas dependências do Instituto Lauro de Souza Lima, que foi criado em 1933 como Asilo-Colônia Aymores, onde eram internados os portadores de hanseníase do Estado de São Paulo e região, Roberval está comemorando a indenização que recebeu por ter sido segregado da sociedade no passado. Ele é um dos 87 de Bauru beneficiados com pensão vitalícia de R$ 750,00 mensais paga pelo governo federal como indenização. Outros 400 estão com processo em andamento. Em todo Brasil, são cerca de nove mil solicitações de indenização em andamento. A notícia da aprovação do processo de Roberval (nome fictício por questões de segurança) veio na véspera do Natal do ano passado quando seu nome foi publicado em uma relação com mais 74 beneficiados de todo o Brasil. O Lauro de Souza Lima enviou para Brasília os processos requerendo a indenização com base em um decreto presidencial concedendo o benefício para quem permaneceu internado compulsoriamente até 1986. Os pacientes da ex-colônia tiveram seus requerimentos deferidos entre dezembro de 2007 e o último dia 23, conforme dados divulgados no site do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). Jaime Prado, integrante do MORHAN e representante no Lauro do projeto Global de Preservação da História dos Hospitais Colônias do Brasil, explica que a avaliação dos pedidos de pensão é rigorosa. Roberval recebe cerca de R$ 750,00 mensais. No caso dos contemplados da ex-colônia do Lauro de Souza Lima, o valor é retroativo a julho do ano passado. Com o dinheiro, Roberval pretende ajudar familiares que residem em Itápolis. De lá ele saiu com 16 anos para se tratar e viver na ex-colônia em Bauru. Roberval comenta que deseja ser enterrado no túmulo de sua irmã e mãe, que chegou para tratamento no hospital bauruense em 1935 e faleceu na unidade hospitalar. A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de alto potencial incapacitante por causar deformidades, principalmente nas mãos e pés.O Instituto Lauro de Souza Lima foi criado em 1933 como Asilo-Colônia Aymores onde eram internados os portadores de hanseníase. Em 1989, transformou-se em instituto de pesquisa e hoje é centro de referência na área de dermatologia geral e , em particular, da hanseníase. Além dos serviços na área de dermatologia, também realiza atividades voltadas à pesquisa, ensino, reabilitação física, terapia ocupacional, fisioterapia e cirurgias plásticas corretivas.Por Ricardo Santana (Jornal da Cidade)

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