10 de março de 2009

10 de março de 2009

“Hanseníase: uma batalha a ser vencida”

“Hanseníase: uma batalha a ser vencida”A hanseníase, equivocadamente conhecida como lepra, traz em seu nome uma homenagem a Gerhard Amauer Hansen, médico norueguês que descobriu, em 1673, o bacilo de Hansen, seu micróbio causador. É uma doença praticamente erradicada em todo o planeta.Infelizmente este não é o caso do Brasil, que figura entre os nove países no mundo que ainda não conseguiram erradicá-la. Pior ainda: com cerca de 40 mil novos casos ao ano, ocupa o segundo lugar em números absolutos, atrás apenas da Índia. Aliás, em 2007, pouco mais de 41 mil pacientes encontravam-se em tratamento.Segundo o documento Vigilância em Saúde: situação epidemiológica da hanseníase no Brasil – 2008, divulgado em janeiro deste ano pelo Ministério da Saúde, mais da metade dos casos concentra-se em regiões isoladas do país, em extensas áreas geográficas, conferindo maior complexidade para intervenções efetivas.O mesmo estudo mostra ainda que os novos casos da doença estão concentrados em dez grandes áreas do país. Cerca de mil municípios brasileiros nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste registraram 53,5{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8} dos novos casos diagnosticados entre 2005 e 2007. Em termos populacionais, no entanto, as cidades avaliadas concentram 17,5{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8} dos residentes no país.O estudo cita como exemplo a região Amazônica, na qual a intensificação da vigilância epidemiológica nas áreas endêmicas e a manutenção de ações efetivas dependem de mobilização social, vontade política e compromisso.Ainda hoje, a falta de informação é o maior agravante para a disseminação de mitos e discriminação que rondam a hanseníase e seus portadores. Equivocadamente, o medo de ser infectado prossegue rondando a sociedade, que teme contrair a doença em um aperto de mão, abraço, ou pelo compartilhamento de copos ou talheres.Ela apenas é transmitida se a pessoa infectada apresentar a forma contagiante, ou seja, se não estiver em tratamento. Só assim continuará eliminando os bacilos de Hansen pelas vias respiratórias, por meio de secreção nasal, gotículas da fala, tosse ou espirro. No entanto, após iniciado o tratamento, o paciente deixa de transmiti-los, mesmo antes da cura.A doença acomete a pele, os nervos periféricos e também a mucosa nasal, além do fígado, dos testículos e dos olhos, mas é curável. Quantos antes for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, mais fácil será o tratamento e menores serão as chances de sequelas.Por este motivo, manchas na pele de cor esbranquiçada ou avermelhada, nas quais a pessoa perde a sensibilidade ao calor, à dor e ao toque, que aumentam e ficam ainda mais dormentes, devem ser mostradas a um médico imediatamente. Entupimento do nariz, formigamento nas mãos e pés, inchaços nas mãos, pés, rosto e orelhas, problemas nos olhos e até mesmo esterilidade masculina podem ser indícios da hanseníase.Como a doença tem uma lenta evolução, podendo levar de dois a sete anos para começar a apresentar os primeiros sintomas, é importante que familiares e amigos que tiveram contato com alguém recentemente diagnosticado com hanseníase também façam uma avaliação médica.Postos e centros de saúde, Programa de Saúde da Família (PSF) e outras unidades da atenção básica de saúde à população devem oferecer exames para diagnóstico, orientação e tratamento gratuitos.Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica.

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Abaixo-assinado pelo tombamento das Lajes e do Encontro das Águas, perto de antiga colônia Antônio Aleixo

O Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, formadores do rio Amazonas, é uma das maravilhas naturais da Amazônia, do Brasil e do mundo. Esse ícone é reconhecido como patrimônio local da humanidade, devendo ser preservado para que os povos no presente e no futuro desfrutem das riquezas naturais e humanas dessa paisagem. A construção de um porto no Encontro das Águas (rios Negro e Solimões, que juntos formam o rio Amazonas) causará pelo menos dois importantes impactos: uma paisagístico, outro cultural. Ambos fazem mal à cidadania. O Lago do Aleixo, presente nessa região, pertence à antiga colônia Antônio Aleixo. Leia o manifesto a seguir, com um link para o abaixo-assinado pelo tombamento dessas importantes reservas. O MORHAN AM apóia essa causa. Verdadeiro espetáculo da natureza, que despertou nos colonizadores atitudes de espanto e admiração, o Encontro das Águas mereceu de Frei Gaspar de Carvajal (1542) a seguinte exclamação: “vimos a boca de outro grande rio que entrava pelo que navegávamos, pela margem esquerda, cuja água era negra como tinta e, por isso, o denominamos rio Negro. Suas águas corriam tanto e com tanta ferocidade que por mais de vinte léguas faziam uma faixa na outra água, sem com ela misturar-se”. Esse símbolo da Amazônia está sendo ameaçado pelo terminal portuário Porto das Lajes que está na iminência de ser construído na confluência do Encontro das Águas do rio Negro com Solimões, à margem esquerda do rio Amazonas, na foz do Lago do Aleixo, nas vizinhanças da Reserva Particular de Patrimônio Natural Nossa Senhora das Lajes, do Pólo Industrial de Manaus e das comunidades do Bairro Colônia Antonio Aleixo. O Encontro das Águas assim como as Lajes representam nossa identidade geográfica e nossa memória natural, assim como o Corcovado e a Chapada Diamantina o são para suas respectivas regiões.Nessa área, onde antagonicamente pretende-se construir o terminal portuário será implantado o mirante do Encontro das Águas, projeto da Prefeitura de Manaus assinado pelo renomado Oscar Niemeyer e também, deverá ser implantado o Programa Água para Manaus, que visa a captação e tratamento de água para abastecimento de 500 mil pessoas, com recursos do Governo Federal. O mega-projeto do terminal portuário pretende construir um pátio com mais de 100 mil metros quadrados de área, com capacidade para atender 250 mil unidades de conteiners, prejudicando a qualidade de vida futura de Manaus, pois irá degradar paisagisticamente o cenário de nosso principal ponto turístico, destruindo também os sítios arqueológicos das Lajes, juntamente com a bela área de lazer da população e poluindo, quimicamente e biologicamente, os recursos hídricos, afetando diretamente a qualidade da água no ponto de captação a ser construído, além de destruir o recurso pesqueiro da Comunidade da Colônia Antônio Aleixo e da circunvizinhança.Acesse o abaixo-assinado no link http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/3906. Clique aqui para ler o manifesto na íntegra.

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