19 de maio de 2009

19 de maio de 2009

Construção de porto no Encontro das Águas é alvo de disputa em Manaus

A construção de um terminal portuário na altura do Encontro das Águas (confluência do Rio Negro, de água escura, com o Rio Solimões, de água barrenta) em Manaus, um dos pontos turísticos mais importantes da Amazônia, é motivo de polêmica na capital amazonense. De um lado, uma grande empresa de logística defende a obra. De outro, ambientalistas e moradores de um bairro da cidade querem o porto em outro lugar.O movimento que se opõe à construção alerta para possíveis danos ambientais e sociais irreversíveis. A companhia que quer fazer a obra, a Lajes Logística (associação da Juma Participações, empresa sediada em Manaus, com a Log-In Logística Intermodal, um dos maiores operadores logísticos do Brasil, que surgiu como subsidiária da Vale e abriu capital em 2007) alega que os impactos não serão tão graves e acena com a criação de centenas de empregos e investimento de R$ 200 milhões.Se sair do papel, o Porto das Lajes ocupará um terreno de 600 mil metros quadrados (150 mil deles construídos). Segundo a Lajes Logística, o empreendimento gerará 600 empregos diretos e indiretos durante a instalação e 200 quando estiver em operação. O terminal terá capacidade de receber dois navios de grande porte simultaneamente. “O risco de impacto sobre o potencial turístico da região é enorme, posto que o Encontro das Águas é um dos principais cartões-postais de Manaus, do Amazonas e do Brasil”, afirma o Ministério Público Federal no Amazonas, em nota ao site Globo Amazônia. “A área de entorno do local proposto para o porto abriga sítios arqueológicos, unidades de conservação, populações indígenas, atividades de pesca artesanal”, acrescenta.Moradores da Colônia Antônio Aleixo, bairro onde o terminal portuário será construído, se opõem à construção. Organizações locais, o Conselho de Direitos Humanos da Arquidiocese e ambientalistas de Manaus se uniram no movimento SOS Encontro das Águas, e alegam que o porto vai causar dano à atividade turística pelo impacto paisagístico. Eles defendem ainda que a poluição e o trânsito de navios vão prejudicar a pesca e as atividades de lazer da comunidade local. O MORHAN Manaus também está nessa luta, representado pela coordenadora local Valdenora Cruz. Segundo o projeto, o terminal deve se situar próximo ao Lago do Aleixo, localizado na beira do rio, onde os moradores da Colônia Antônio Aleixo pescam e nadam. O bairro surgiu na década de 30 a partir de uma colônia para doentes de hanseníase (lepra).Outro problema apontado pelo movimento contra o porto é que, próximo ao local previsto para sua instalação, deve ser construída uma adutora para captar água para o sistema de saneamento da capcidade. “É incompatível a captação de água para consumo humano, em uma região como a Amazônia, ser realizada ao lado de um terminal portuário que trará tanta contaminação aquática”, afirma relatório da SOS Encontro das Águas.Segundo o padre Orlando Barbosa, pároco da Colônia Antônio Aleixo e coautor desse relatório, o objetivo do movimento não é que a Lajes Logística deixe de construir seu terminal portuário, mas que o faça em outro local. “Todos sabem que portos não trouxeram desenvolvimento local para as comunidades em nenhum lugar do Brasil”, critica.Desemprego Barbosa admite que, no início, a comunidade estava unida contra o terminal, mas atualmente há muitos moradores que apoiam a obra por causa da possibilidade de conseguirem trabalho. “Aqui temos cerca de 45 mil moradores e 98{6cbf3ed2a537d7012b8bb8325faf3eaed42a1625b1580678f8ef7d8459da53a8} é de desempregados que vivem de pesca e de fazer alguns bicos”, explica. Além de acenar com chances de emprego, a Lajes Logíst

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Hanseníase: Passos fecha parceria com Fiocruz

A Prefeitura de Passos vai integrar um grupo seleto de municípios brasileiros que participarão de pesquisa no campo da hanseníase em parceria com a Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro. A indicação partiu da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais em decorrência do trabalho que vem sendo desenvolvido em termos de diagnóstico, tratamento e prevenção da hanseníase no município. O coordenador do Serviço Municipal de Hanseníase da Prefeitura de Passos, Alexander Aragão, disse que além de Passos, apenas a capital (Belo Horizonte), Paracatu e Governador Valadares integrarão esse grupo, em Minas Gerais. Conforme ele, a pesquisa da Fiocruz se estenderá por dez anos e consistirá no uso de novas drogas no tratamento da doença. “Este trabalho precisa de uma equipe especializada. Em Passos, ela será composta pelo dr. Carlos Alberto Faria Rodrigues (dermatologista), pela dra. Maria Aparecida Sucena (patologista), por Renato Nunes (biomédico), e por mim (enfermeiro)”.O enfermeiro disse que a pesquisa deverá ser iniciada ainda este ano. Segundo ele, a escolha de Passos se deve ao trabalho que vem sendo realizado há muito tempo. “Esse trabalho foi iniciado no início dos anos de 1980, pelo médico dr. Carlos Alberto Faria Rodrigues. Hoje, temos um atendimento básico bem estruturado na cidade, fazendo mais diagnósticos, identificando a doença mais precocemente, inclusive em crianças e adolescentes menores de 14 anos, evitando-se chegar à fase das deformidades”, declarou Alexander. Passos hoje possui estrutura nos três níveis – primário, secundário e terciário (cirurgia). “Nossa cidade é uma referência no Estado”, frisou o enfermeiro, informando que a cidade tem hoje 20 casos em tratamento, dos quais alguns terão alta nos próximos dias. “O tratamento ministrado hoje é visando à cura da doença”, observa Alexander. O coordenador disse que em junho vai começar a reciclagem em hanseníase de médicos e enfermeiros dos postos do Programa de Saúde da Família (PSF) e, no segundo semestre, será a vez dos agentes de saúde. “Nossa preocupação é manter nossas equipes sempre treinadas”, concluiu. Fonte: Jornal Correio dos Lagos

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