O Brasil é o primeiro país no mundo em casos da doença, com cerca de 50 mil novos casos a cada ano, provocando de 8{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} a 10{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} de sequelas irreversíveis. Em pouco tempo, será a única nação do mundo que não terá atingido a meta de eliminar a hanseníase, de acordo com o embaixador da OMS Yohei Sasakawa, cuja fundação atua no Brasil em parceria com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), entidade do movimento social que trabalha desde 1981 na luta contra a doença. Falta de remédios nos postos de saúde, médicos nem sempre qualificados, falta de informação e diagnóstico tardio são os principais problemas levantados e motivos para mais ações no DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HANSENÍASE. O Dia Mundial de Combate à Hanseníase, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o último domingo do mês de janeiro, contará com ações de voluntários do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) no próximo domingo (31), das 9h às 13h, em três locais no município do Rio: Praia de Copacabana, Praia do Leme e Piscinão de Ramos. A ação dos voluntários é em apoio à iniciativa da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Também serão desenvolvidas atividades em Mesquita, na Baixada Fluminense, e nos estados de Minas Gerais, Ceará, Alagoas, Acre e Piauí.A população será orientada a identificar, no próprio corpo, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, que não coçam, não doem e não têm sensibilidade, sintomas mais comuns da hanseníase. A equipe orientará ainda sobre o atendimento nos postos de saúde, que devem contar obrigatoriamente com medicamentos gratuitos doados pela OMS. Em caso de denúncias, os voluntários farão o encaminhamento às autoridades competentes para que as providências cabíveis sejam tomadas. Uma parceria firmada recentemente com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de vários estados e com o Conselho Federal permite assistência jurídica a pacientes e ex-portadores de hanseníase.“Apesar de ser uma doença com 100{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} de cura, ainda temos altos índices de casos e de sequelas no país, além de lutarmos contra o preconceito, tão preocupante quanto o fato de o Brasil, hoje, registrar cerca de 50 mil novos casos de hanseníase a cada ano, inclusive boa parte em crianças”, alertou Artur Custódio Moreira de Souza, conselheiro nacional de Saúde e coordenador do Morhan.As ações pretendem alertar população e autoridades de saúde para o grave quadro da doença no país, que já é o primeiro no mundo em casos e, em breve, será o único em todo o mundo a manter elevados registros da doença. A OMS preconiza até 1 caso por 10 mil habitantes; atualmente, há regiões do país com 10, 12 casos por 10 mil.ProgramaçãoRio – Tendas da SES nos seguintes locais:Copacabana – Posto 6/calçadão, altura da colônia dos pescadores, em frente à Rua Francisco OtavianoPiscinão de RamosLeme – calçadão, em frente à Rua Princesa Isabel, altura da estação Arcoverde (metrô)Mesquita – Campanha Mesquita sem manchas. O evento será na Praça Elizabeth Paixão, das 9h às 15h, com a participação da atriz Paloma Bernandi, a “Mia” da novela Viver a Vida, madrinha da campanha.Piauí – Comitê Interinstitucional pelo Controle da Hanseníase promove a Semana Mundial de Combate à Hanseníase até domingo (31), com o seminário Hanseníase e direitos humanos, no dia 28. Será no Centro Maria Imaculada (Rua 19 de novembro, 4370 – Real Copagre). As atividades da semana também prevêem capacitação de méd