23 de junho de 2010

23 de junho de 2010

“Ser do MORHAN e ser o MORHAN”, por Teresa Oliveira

“Ser do MORHAN e ser o MORHAN” Companheiros:Estamos no mês de junho, todos voltados para a Copa do Mundo de Futebol, acreditando que, torcer pelo time do Dunga, significa ser patriota, ser brasileiro.É evidente que, torcer pelo Brasil, é patriotismo. Mas eu pergunto: e em que outras situações, somos realmente brasileiros, com uma torcida inteirinha voltada para uma causa? É… Nem sempre.Diante de todos os telefonemas que recebo, na maioria das vezes lá pelas 23 horas, quando gostaria que a minha privacidade fosse respeitada, cheguei a uma conclusão triste: nem todos os filhos que foram isolados e que, de imediato, preencheram seus formulários e estiveram presentes às reuniões que fiz, são patriotas. Isto porque, para que sejamos efetivamente BRASILEIROS, precisamos estar, TODOS lutando POR TODOS.Seria cômodo demais se eu ficasse aqui no meu sofá, esperando que alguém fizesse algo por mim. Ao mesmo tempo, podem ter certeza, NADA estaria acontecendo na minha vida. Quem quer mesmo que um sonho se transforme em realidade, vai à luta, busca meios de acontecer, de fazer a diferença.Quando participamos de um movimento social, estamos conscientes de que nada será fácil, rápido e sem trabalho. O próprio nome já diz: M O V I M E N T O = AÇÃO, ATITUDE, SE MEXER, sair do sofá, arregaçar as mangas e trabalhar.Porém, se não acreditamos no movimento que participamos, não somos o movimento. Até podemos fazer parte dele, mas não somos.Para mim, o MORHAN tem sido o foco da minha vida, da minha luta. Como filha que também foi separada dos pais biológicos, pais que com certeza jamais conhecerei, vivo pelo MORHAN as 1000 horas do meu dia e não posso admitir que alguém ou algum grupo me intercepte, me desmobilize, me desanime. Pelo contrário: sei que em todos os movimentos sociais, as causas são difíceis e é exatamente por isso que precisamos criar um grupo: para trabalhar e fazermos de tudo para sermos ouvidos e aceitos em nossas verdades.Sei também que cada um traz dentro de si uma vontade imensa de acertar, de obter vitória e os movimentos são abertos e livres para todos se posicionarem. A sociedade não ouve uma pessoa sozinha. Ela só ouve quando nossas vozes fazem barulho! Mas é imprescindível, que gritemos ao mesmo tempo. Gritar, cada um em um lugar, não ecoa; o som se dissipa, entendem?Tudo que tem sido feito pela causa dos filhos, por esta reparação tão antiga e urgente diante dos estragos que fizeram em nossas vidas, está tendo total atenção dos voluntários do MORHAN. Sim, somos voluntários! Acreditamos no Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase e trabalhamos, DE GRAÇA todos os dias, porque estamos dando um pouco de nós às verdades que temos como únicas: direitos de pessoas que não foram respeitados.Então, acompanhem a Copa do Mundo de Futebol e gritem por cada gol. Mas não esqueçam de torcer pela Copa do Mundo da Vida e de gritar, com bandeiras nas mãos, que somos brasileiros e que fomos esquecidos, deixados para trás, coisa que desejamos, jamais aconteça novamente. Com amor pleno,Teresa Oliveira

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MORHAN mobiliza a população contra a hanseníase em Boca do Acre

Com o intuito de levar informação a locais mais afastados dos grandes centros urbanos, o MORHAN Rio Branco visitou o município de Boca do Acre, no Amazonas. A equipe do núcleo esteve no local entre os dias 15 e 19 de junho, a convite do Prefeito de Boca, Manuel Barbosa. Elson Dias, José Gomes e Elenil (Bil) de Souza participaram da ação. A equipe continuará a campanha em todo o Estado do Acre. “Agora seguiremos para Cruzeiro do Sul, de 30 de junho a 03 de julho; Brasiléia, de 14/7 a 17/7”, diz Elson Dias. “Mobilizar a população faz com que as pessoas despertem para o problema, passem a observar o próprio corpo e, por fim, procurem atendimento médico ou sejam atendidas na hora”.

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