6 de outubro de 2010

6 de outubro de 2010

Carta do Dr. André Luiz de Oliveira (Pastoral da Saúde)

Caro companheiro de caminhada e agente de Pastoral da Saúde, No próximo dia 10/10/10, teremos uma data muito especial. Nesta data, não só teremos a curiosa repetição do número 10, mas será o dia de uma grande campanha de sensibilização e mobilização em informar e esclarecer sobre a Hanseníase, uma doença que sempre acompanhamos nas inúmeras passagens bíblicas, mas que é uma realidade contínua e preocupante nos dias de hoje, em todas as camadas da população. Esta campanha nacional é o resultado de uma parceria inédita entre a Pastoral da Saúde, a Pastoral da Criança, a CNBB, os padres Franciscanos, o MORHAN (Movimento de Reintegração das pessoas atingidas pela Hanseníase), o Conselho Nacional de Saúde, o Ministério da Saúde e o Programa Nacional da Hanseníase, que aproveitará o Evangelho deste dia, favorável a tal temática, para buscar uma maior sensibilização em divulgar maneiras corretas de diagnóstico, tratamento e acompanhamento ao portador de hanseníase. Apesar de que nos últimos anos a incidência da Hanseníase vem diminuindo no Brasil, ainda é preocupante o elevado índice de casos nos menores de 15 anos. Portanto, saber que esta doença tem cura e é de fácil diagnóstico, resta-nos ainda difundir na população a desmistificação sobre este assunto e ainda reforçar a coerência em trabalhar melhor a educação e a promoção da saúde, colaborando definitivamente com o bem estar de todos. São prioridades e desafios que pretendemos defender: atenção integral ao portador de hanseníase, com uma linha de cuidado dentro da rede de atenção, incluindo a baciloscopia; vigilância dos menores de 15 anos, de contatos e das recidivas e da resistência medicamentosa; conhecimento a clientela e suas necessidades; conhecer a magnitude dos danos causados pela hanseníase; prevenção e reabilitação de incapacidades e um adequado e necessário resgate social. Contamos com o teu apoio em divulgar esta grande mobilização e esperamos que as pessoas possam ter mais informação e menos preconceito na lida do dia a dia com a Hanseníase, apesar de sabermos que os mitos e receios sobre esta doença ainda são muito fortes no nosso país, mas a proposta de se levar mais esclarecimentos e sensibilidade a população em geral faz parte de nossa caminhada de verdadeiros cristãos na boa condução do bem estar de todos.Bom trabalho a todos e quaisquer esclarecimento adicional poderá ser feito diretamente com a nossa coordenação nacional, pelo fone (34) 3217 – 6434 ou pelo e-mail pastoraldasaudenacional@yahoo.com.br Saúde e Paz! André Luiz de OliveiraCoordenador Nacional da Pastoral da Saúde

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“A Situação da Hanseníase no Brasil”, por Pe. Ademar Rover

A Situação da Hanseníase no Brasil A hanseníase apresenta tendência de redução de casos no Brasil nos últimos anos. Foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan em 2006,43.652 casos novos e, conforme dados parciais, 36.718 em 2009, tendo uma redução em número de casos nesse período de 15,8{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f}. A doença também acompanha essa tendência na população menor de 15 anos, tendo sido notificados 3.444 casos novos em 2006 e2.617 em 2009, representando uma redução de 24{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} no número de casos. Apesar da tendência na redução de casos novos, as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste ainda se mantêm em patamares muito altos. Essas regiões concentram a maioria dos casos. Estudo realizado em 2008 selecionou as 10 áreas com maior risco de adoecer de hanseníase no país, onde estão 53,5{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} dos casos novos notificados de 2005 a 2007, contemplando 1.173 municípios e 17,5{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} da população brasileira. Dados parciais dos casos novos de 2009 indicam que 55{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} dos casos são em homens; que 57{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} são casos multibacilares, ou seja, as formas mais graves; que 7,2{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} dosdiagnosticados apresentaram deformidades representado pelo grau 2 de incapacidade física e que 34{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} são analfabetos ou possuem até o 4º. ano de estudo incompleto. Esses dados apresentam o perfil da doença no país e seu entendimento é fundamental para o desenvolvimento de ações estratégicas que contribuam para melhorar a atenção integral às pessoas atingidas pela hanseníase e o fortalecimento das parcerias intra eintersetoriais com organizações governamentais e não governamentais. O controle da hanseníase é baseado no diagnóstico precoce, tratamento e a cura. A descentralização das ações é uma das estratégias para o controle da hanseníase e visa facilitar o acesso do paciente ao tratamento nas unidades de saúde mais próxima a sua moradia. Em abril de 2010, das unidades de saúde com pacientes de hanseníase em tratamento, 90,3{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} eram da atenção primária. O Ministério da Saúde tem dado atenção especial às ações voltadas para os casos emmenores de 15 anos, com a expansão do acesso às oportunidades de diagnóstico,tratamento e vigilância. A intensificação das ações de controle da hanseníase está relacionada ao comprometimento dos profissionais de saúde, da vontade política dos gestores nas três esferas de governo e da mobilização da população. A estratégia prioritária adotada pela Coordenação Geral do Programa Nacional deControle da Hanseníase é o acompanhamento e assessoramento aos estados mais endêmicos fortalecendo a gestão descentralizada: na atenção integral às pessoasatingidas pela hanseníase, na vigilância epidemiológica, na capacitação dos profissionaisde saúde, no apoio a pesquisas e ações de mobilização social. Deve-se ressaltar que contribui para a detecção de casos no Brasil, o grande investimentona descentralização das ações de controle da hanseníase, com destaque à vigilância epidemiológica e fortalecimento do Sistema de Informação, implantado em todo o país. Outra área prioritária para o Ministério da Saúde é a atenção integral e humanizada para as pessoas atingidas pela hanseníase. Além disso, o Ministério da Saúde tem desenvolvido articulações ampliando as parcerias governamentais e não governamentaispara o controle da hanseníase, destacando-se o desenvolvimento de campanhasinformativas e educativas e de capacitações para profissionais de saúde, agentes comunitários de saúde e conselheiros estaduais e municipais de saúde. Outra ação é a ampliação do conhecimento em hanseníase junto às categoriasprofissionais de saúde e pesquisadores, por meio das parcerias com universidades, entidades científicas e de classe como a Sociedade Brasileira de Dermatologia, Pediatria, H

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