Morhan ganha núcleo em Governador Archer (MA) e assina, junto a Secretaria Municipal de Saúde, termo de adesão para cooperação na campanha global Não Esqueça da Hanseníase
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O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), que tem 40 anos de atuação no Brasil, inaugura na terça-feira, dia 7 de dezembro, seu mais novo núcleo no município de Governador Archer, no Maranhão e assina junto à Secretaria Municipal de Saúde, termo de adesão à campanha mundial do Embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial da Saúde para eliminação da Hanseníase, Yohei Sasakawa, Não Esqueça da Hanseníase. A cerimônia que marca a assinatura do termo acontece às 9 horas, na Academia da Saúde, localizada na rua da Delegacia/SN, Governador Archer. O evento contará com a presença do coordenador nacional do movimento e conselheiro nacional de saúde, Artur Custódio, vindo do Rio de Janeiro/RJ e da coordenadora do Departamento de Políticas Públicas para Mulheres do Morhan e do Morhan estadual do Piauí, vinda de Teresina/PI, Francilene Mesquita.
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Assinam o documento o coordenador do Morhan Nacional, Artur Custódio, Diego Danney Silva De Sousa, secretário de Saúde de Governador Archer/MA, Dalva Estella Ferreira Dantas, representante do Morhan Piauí, e como testemunha, Francilene Mesquita.
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A partir da adesão à campanha, a entidade se compromete a: promover a conscientização sobre a hanseníase e combater a discriminação sofrida pelas pessoas afetadas pela doença, contribuindo assim para sua eliminação no Brasil; divulgar a parceria junto aos seus colaboradores, fornecedores e veículos de comunicação das entidades, redes sociais e outras formas de contato com a população, utilizando a logo marca e tema da campanha; organizar conjuntamente eventos e atividades de interesse mútuo; e participar das atividades e eventos realizados pelas entidades, bem como buscar envolver os órgãos do controle social.
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“Além de ser estratégico para a região, nosso objetivo com a instauração deste núcleo e parceria com a Secretaria de Saúde local, é fortalecer o enfrentamento à hanseníase de forma transversal nas políticas públicas da região, com o viés dos direitos humanos”, destaca Custódio. O Morhan tem representação em esferas do controle social, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), e atua em interlocução com governos, entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais em defesa dos direitos humanos das pessoas atingidas pela hanseníase no país. A eliminação da hanseníase, o enfrentamento ao estigma relacionado à doença, a qualificação da assistência – do diagnóstico à reabilitação – e o direito à reparação por violações de direitos que historicamente atingiram as pessoas afetadas pela doença e seus familiares são alguns dos objetivos do movimento.
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A campanha e o agravamento do cenário da hanseníase no país
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Não Esqueça da Hanseníase (Don’t Forget Hansen’s Disease) é o mote da campanha global do embaixador da boa vontade da OMS, Yohei Sasakawa, para que os governos, as organizações e as pessoas não esqueçam a hanseníase em meio à crise da pandemia do covid-19. O Brasil já apresenta consequências preocupantes deste cenário: o diagnóstico de novos casos da doença no país foi reduzido à metade entre 2019 e 2020, segundo dados doBoletim do Ministério da Saúde. O estado do Maranhão seguiu a tendência e apresentou uma redução de 40,70{9bfff7e57210f21fddd822478d68ae9e44f809596f0eb206acafbc33aa0f427e} na identificação de novos casos – de 3.189 (2019) para 1.891 (2020). “Essa diminuição infelizmente não pode ser comemorada. Ela significa que, por conta da paralisação de políticas públicas de busca ativa de casos e das dificuldades de acesso aos serviços de saúde impostas pela pandemia (e pela gestão da pandemia no Brasil), novos casos deixaram de ser registrados e, assim, pessoas que deveriam estar em tratamento não contaram ainda sequer com o diagnóstico”, afirma Artur Custódio, coordenador nacional do Morhan.
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Estes casos não notificados nesse período correm risco de desenvolver um quadro de sequelas físicas irreversíveis. O tratamento e diagnóstico oportunos impedem o desenvolvimento de lesões na pele mais graves e o aparecimento ou a piora de incapacidades físicas, e também quebram a cadeia de transmissão, já que os pacientes em tratamento não transmitem a doença. Por isso, mais do que nunca, a conscientização e a mobilização para que os governos e as pessoas não se esqueçam da hanseníase são fundamentais.
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Saiba mais
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Hanseníase é uma doença infecciosa que afeta a pele e os nervos. Com o tratamento adequado, a partir da medicação e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades de saúde de todo país, a doença tem cura. A transmissão se dá pelo contato próximo e prolongado com pessoas sem tratamento afetadas pela doença na sua forma multibacilar. A partir do início do tratamento, a doença deixa de ser transmissível. São sinais e sintomas da doença: Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade à dor, térmica e tátil; sensação de fisgada e formigamento ao longo do trajeto dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; pele seca; inchaço nas mãos e nos pés; inchaço e dor nas articulações; redução da força muscular nos locais em que os nervos foram afetados; dor e espessamento dos nervos periféricos; caroços no corpo; olhos ressecados; feridas, sangramento e ressecamento no nariz; febre e mal-estar geral; feridas nas pernas e nos pés; e, nódulos avermelhados e/ou doloridos espalhados pelo corpo.
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