Ação mobiliza cooperação internacional para apoio emergencial a famílias atingidas pela hanseníase no Rio de Janeiro
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Iniciativa no também envolve oficinas de educação em saúde sobre hanseníse e covid-19 em aldeias indígenas de Maricá (na foto, ação na aldeia Mata Bonita)
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Organismos como a ONU e a OMS têm chamado a atenção para a necessidade de ação frente à crise humanitária global que a pandemia de covid-19 tem acentuado, sobretudo em relação às desigualdades e vulnerabilidades pré-existentes, agora ampliadas. Uma delas atinge a população de pessoas acometidas pela hanseníase, doença negligenciada que tem no Brasil o país campeão de incidência mundial. Para auxiliar emergencialmente 200 famílias de pessoas afetadas pela doença em situação de vulnerabilidade social em quatro estados, um projeto une o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e a Fundação de Saúde Sasakawa, do Japão. No Rio de Janeiro, serão beneficiadas 60 famílias, durante três meses.
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A ação no país
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As cidades selecionadas no Brasil para desenvolver a iniciativa são: Rio de Janeiro, Maricá e Itaboraí/RJ, Vitória da Conquista/BA, Manaus/AM e Juazeiro do Norte/CE. “A intenção é garantir acesso a recursos de sobrevivência e dignidade, aproximar essas famílias dos seus direitos sociais e garantir também o acesso adequado aos serviços de saúde de acompanhamento das pessoas afetadas pela doença”, explica o vice-coordenador nacional do Morhan, Faustino Pinto.
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As 200 famílias selecionadas para o projeto serão acompanhadas – por três ou quatro meses dependendo do local – e receberão cestas básicas, materiais de higiene, limpeza e proteção contra covid-19 (máscaras e álcool gel). A ação envolve ainda visitas domiciliares a outras pessoas afetadas pela doença, distribuição de material educativo para a população em geral e realização de palestras.
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Antes do trabalho de campo, as coordenações das equipes locais passaram por uma capacitação em redução de danos para adoção do protocolo de segurança do Morhan para todas as atividades, que envolve utilização adequada de EPIs, distanciamento, higienização e outros tópicos.
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Brinquedos e material escolar para as crianças do Rio
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No estado do Rio de Janeiro, com a coordenação do Diretor Geral do Hospital Estadual Tavares de Macedo – HETM, Rafael Feitosa, 60 famílias serão acompanhadas por três meses pela equipe do núcleo local do Morhan, recebendo cestas básicas e kits de higiene e limpeza doméstica. Além disso, já estão sendo distribuídos brinquedos e material escolar para crianças da comunidade do Hospital Tavares de Macedo, território de ex-colônia de isolamento de pessoas afetadas pela hanseníase, em Itaboraí. Estão previstas ainda cem visitas domiciliares com atendimento em saúde mental por equipe multiprofissional e distribuição de material de educação em saúde sobre hanseníase e covid-19 também em aldeias indígenas (Aldeia Mata Bonita e Aldeia Céu Azul – Maricá-RJ, com o apoio da secretaria municipal de saúde).
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Hanseníase no Brasil e no RJ
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O Brasil é o país com a maior incidência de hanseníase no mundo, com uma taxa de aproximadamente 13 novos casos para cada 100 mil habitantes, segundo dados de 2019 do Ministério da Saúde. Com 931 casos novos em 2019, o estado do Rio de Janeiro registrou uma taxa de detecção 5,52 casos novos para cada 100 mil habitantes. “Em 2020 há o problema adicional do subdiagnóstico: com a desorganização dos serviços de saúde pela pandemia de covid-19, o Brasil tem diagnosticado muito menos casos de hanseníase do que deveria”, alerta Faustino.
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Saiba mais
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Hanseníase é uma doença infecciosa que afeta a pele e os nervos. Com o tratamento adequado, a partir da medicação e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades de saúde de todo país, a doença tem cura. A transmissão se dá pelo contato próximo e prolongado com pessoas sem tratamento afetadas pela doença na sua forma multibacilar. A partir do início do tratamento, a doença deixa de ser transmissível. São sinais e sintomas da doença: Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade à dor, térmica e tátil; sensação de fisgada e formigamento ao longo do trajeto dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; pele seca; inchaço nas mãos e nos pés; inchaço e dor nas articulações; redução da força muscular nos locais em que os nervos foram afetados; dor e espessamento dos nervos periféricos; caroços no corpo; olhos ressecados; feridas, sangramento e ressecamento no nariz; febre e mal-estar geral; feridas nas pernas e nos pés; e, nódulos avermelhados e/ou doloridos espalhados pelo corpo.
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Para mais informações e para se inscrever como voluntário/a, contate o Morhan pelo ZapHansen: (21) 97912-0108
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