Entre os municípios do Piauí, Teresina é o que registra mais casos de hanseníase. A capital concentra 50{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} os casos da doença. Em 2009, foram 674 casos da doença diagnosticados pela Fundação Municipal de Teresina – FMS. Este ano, até o momento, foram 450 casos diagnosticados. Anualmente, a média é de 600 casos. A expectativa da FMS é que os dados declinem progressivamente com a detecção precoce por meio do exame de toque. As pessoas acometidas pela hanseníase apresentam manchas avermelhadas, acinzentadas ou amareladas pelo corpo com perda de sensibilidade. A doença não se manifesta em grupos prioritários, a partir dos 15 anos de idade. Não é de costume sua manifestação em crianças. A hanseníase é transmissível e a principal forma de adquirir a doença é conviver com alguém que tenha a doença. Existem dois tipos de tratamento da hanseníase: a palcebacilar (com a ingestão de medicamentos por seis meses) e a multibacilar (com tratamento por 12 meses). “Quando se identifica a pessoa que transmite a doença para outros membros da família é possível quebrar a cadeia de transmissão e fazer o tratamento de todas as pessoas que moram na casa. Por isso, é imprescindível fazer o exame de contato para impedir o avanço da doença. Outros moradores da casa podem estar infectados e não sabem”, disse o coordenador do controle da Hanseníase da FMS, Francisco Formiga. O diagnóstico precoce e o tratamento eficaz nos casos confirmados permite que danos maiores venham a acometer as pessoas. Os que não se tratam correm sérios riscos de ter dificuldades motoras ocasionadas pelo comprometimento neurológico. Ações a nível municipal estão sendo feitas para controlar a avanço da doença e conscientizar a população quanto à relevância da prevenção e o tratamento da doença. Prova disso foi o prêmio internacional ganho por uma equipe de enfermeiros da FMS. Trata-se do projeto “Qualificação da Vigilância de Contatos de Casos de Hanseníase no Município de Teresina”, que será apresentado na Universidade de Toronto, no Canadá. O projeto teve início no ano passado e teve usas atividades intensificadas este ano visando uma qualificação e treinamento dos agentes de saúde da família. A enfermeira Alaíde Amorim, supervisora da Estratégia Saúde da Família (ESF), explica que em 2008, apenas 17{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} dos contatos que convivem com portadores foram examinados e somente 0,8{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} dos casos novos foram diagnosticados por meio do exame. Porém, em 2009, depois da implantação do projeto, 49,6{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} dos contatos foram examinados e 2,4{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} dos casos novos foram diagnosticados pelo exame. Ela diz que a meta para este ano é chegar à marca de 75{deccdd85071b3acddfab05bd5c5ba5310fd81d998ef01e5aec4f6f90a92afc1f} de cobertura de exames. “Ter o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos profissionais da saúde nos motiva a continuar”, disse Alaíde Amorim.Fonte: 24 Horas Piauí