A Secretaria de Saúde e Defesa Civil, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e o MORHAN assinaram, nesta segunda-feira pela manhã, um termo de compromisso para intensificar ações de prevenção e tratamento da hanseníase na capital e em todo o Estado do Rio com o objetivo de, gradativamente, diminuir a incidência da doença no território fluminense ao nível mínimo estabelecido pela organização Mundial de Saúde (OMS). A assinatura ocorreu durante a ação no Metrô do Largo da Carioca, e contou com o coordenador nacional do MORHAN Artur Custódio e um representante do Secretário de Vigilância em Saúde do Estado Sérgio Côrtes (Vitor Berbara). A coordenadora do Programa Estadual de Hanseníase, Kédman Tridnade Mello e a diretora do Hospital Estadual Tavares de Macedo (Itaboraí) e do Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária (Jacarepagu) Ana Claudia Krichoven também estiveram presentes no local. No Estado do Rio, foram notificados e tratados 2.260 casos novos da doença em 2007, a maioria na Baixada Fluminense. Os novos casos, a partir de 2008, ainda estão sendo catalogados – a última contagem estava em 1,5 mil novos casos. A OMS preconiza o índice de um caso por 10 mil habitantes como indicador de controle da doença. O Estado do Rio está acima deste índice, com 1,15, mas abaixo da média nacional, que é de 2,04. – No Brasil, há identificação de 40 mil novos casos da doença por ano, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. Na Região Sudeste há apenas alguns bolsões sérios da doença e, na Sul, o índice de incidência é mínimo. O Brasil é o primeiro país no mundo em incidência da hanseníase, seguido pelo Nepal e Timor Leste, países que, a partir de meados do ano, devem anunciar índice de controle total da doença – informou o coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio. Com o termo de compromisso, os governos do estado e da capital, com o apoio de voluntários civis, pretendem aumentar a cobertura da assistência ao paciente com hanseníase em todos os municípios do estado, com a garantia do tratamento até a cura do doente. – O tratamento é feito através da rede de atenção básica, como postos de saúde, Programa de Saúde da Família, Médico da Família, agentes comunitários de saúde etc. O objetivo da união de forças é aumentar a eficácia do tratamento e reduzir ao mínimo a incidência da doença em nosso estado. Muitas vezes, as pessoas não chegam ao final do tratamento, o que dificulta a diminuição do número de pessoas infectadas – comentou Vitor Berbara, superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e da Saúde do Trabalhador, da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil. O secretário municipal de Saúde do Rio, Hans Dohmann, considerou a assinatura do termo de compromisso fundamental para que a capital e todo o estado atinjam a meta de controle da doença estabelecida pela OMS. – Falta só um pouquinho. Certamente, com esta parceria estratégica, vamos alcançar a meta – preconizou Dohmann. Durante todo o dia, voluntários distribuíram aos passageiros do metrô folhetos e folders e deram orientações sobre principais sintomas, sinais e formas de prevenção, controle e tratamento da hanseníase. No início dos trabalhos, dois atores (Ricardo Lyra Jr e Brenda Menezes) do grupo teatral Bacurau, do Morhan, encenaram um esquete sobre a conscientização do possível infectado a buscar tratamento para uma doença que é curável. – Como ontem, dia 25, foi o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, resolvemos fazer hoje esta mobilização popular para chamar a atenção da população para a doença. Vamos divulgar os sinais e sintomas da hanseníase, incentivando a pessoa a procurar tratamento imediato, caso suspeite de ter contraído a