Até o último sábado (8), a comunidade da Cidade Olímpica (São Luís, Maranhão) e das áreas adjacentes foi alertada sobre os perigos da hanseníase pelo Caminhão da Saúde, instalado na Avenida Principal do bairro, em frente à delegacia. A ação faz parte da Semana de Combate à Hanseníase, realizada pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma) e do MORHAN. Na unidade móvel, profissionais especializados estavam aptos a realizar o diagnóstico da doença e iniciar o tratamento, quando necessário. Cerca de 300 pessoas passaram pela carreta-consultório, onde foram diagnosticados 21 casos de hanseníase, devidamente encaminhados para os postos de saúde locais. “É importante que as pessoas participem desse movimento, que tem como objetivo identificar casos da doença e prosseguir o tratamento. Também temos como intenção diminuir o preconceito que ainda existe em relação à hanseníase, que é uma doença tratável”, destacou a Secretária municipal de Saúde, Terezinha Abreu. A abertura da Semana, que ocorreu em quatro de dezembro, também contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, Edmundo Gomes, a coordenadora da vigilância epidemiológica de São Luís, Elza Lima, o coordenador nacional do MORHAN, Artur Custódio Moreira de Sousa, e o diretor-executivo da Febrafarma, Jorge Dias. A atriz Solange Couto, estrela nacional da campanha, também participou do evento. “Eu abracei essa campanha porque a minha mãe teve hanseníase, e ela tinha muita vergonha de admitir isso. Mas essa é uma doença que qualquer pessoa pode ter e que é curável. A minha mãe procurou tratamento e hoje está curada e eu estou levando a história dela para que outras pessoas também consigam vencer a hanseníase”, contou Solange Couto, que visitou as instalações da unidade móvel instalada na Cidade Olímpica. Mesmo com a realização periódica de campanhas educativas, São Luís ainda registra altos índices de hanseníase. Este ano, foram diagnósticos 471 novos casos da doença. Além disso, muitos pacientes abandonam o tratamento na metade, pois acreditam que já estão curados. “Mas é importante destacar que esse tratamento deve ser cumprido até o fim para que a doença não volte”, enfatizou a coordenadora de vigilância epidemiológica de São Luís, Elza Lima. O diagnóstico e tratamento da hanseníase também podem ser feitos nas unidades municipais de saúde.