BACABAL – Bacabal está na lista dos 109 municípios brasileiros que nos últimos cinco anos registraram mais de 50 novos casos de hanseníase. Em 2005, foram registrados 9,88 pacientes em cada grupo de 10 mil habitantes, mesmo com a prefeitura do município recebendo R$ 15.922.588,62 para serem aplicados pela Secretaria de Saúde e Saneamento.Por isso é considerado prioritário pelo Ministério da Saúde para a eliminação da doença. Em 2004, 206 cidades estavam na lista. A quantidade de municípios prioritários diminuiu por causa dos avanços do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase, como a atualização dos cadastros e o aumento da oferta de diagnóstico e tratamento. O número pode ser considerado alto, uma vez que a prevalência do Brasil é de 1,48. A coordenadora do Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase, Rosa Castália, diz que é preciso ampliar a cobertura para que os casos sejam reduzidos.Rosa Castália explica: “Acho que o maior problema continua sendo o que tem sido nos últimos anos, que é o problema do acesso aos centros de saúde. O paciente precisa ter diagnóstico e tratamento perto de onde ele mora ou de onde ele trabalha”. “No fim de 2004, nós tínhamos 8.614 unidades de saúde fazendo diagnóstico e tratamento em todo o país. Em dezembro de 2005, nós tínhamos 12.151, foi bom, uma ampliação de 40{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b}. Mas se você notar que a gente tem quase 30 mil unidades de saúde em todo o país, a gente não tem nem a metade delas fazendo o diagnóstico e o tratamento. Então o acesso ainda não está como deveria. Ainda não é o acesso fundamental, o acesso que vai revolucionar essas taxas”, alerta a coordenadora. A hanseníase é causada pelo bacilo de Hansen e atinge, normalmente, a pele, os olhos e os nervos. Os principais sintomas são manchas avermelhadas ou esbranquiçadas na pele, que não apresentam sensibilidade à dor ou calor. A doença tem cura. Na primeira dose do tratamento, 99{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} dos bacilos são eliminados e não há mais chances de contaminação. O tratamento dura de seis meses a um ano, mas não pode ser interrompido.