A Secretaria de Estado de Saúde em parceria com o Ministério da Saúde e com a Dahw, Associação Alemã de Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos, está realizando a 1ª Oficina Estadual de Tuberculose e Hanseníase do Estado de Mato Grosso. Organizada pelo MT Laboratório a Oficina acontece nos dias 25, 26 e 27 de setembro de 2006, no Hotel Mato Grosso Palace, em Cuiabá e visa capacitar técnicos de laboratórios para resolução de dificuldades encontradas nos municípios na aplicação de técnicas para o preciso e correto diagnóstico da tuberculose e hanseníase. Representantes dos municípios também estão sendo capacitados. O diretor geral do MT Laboratório, João Batista Calabresi Villa, explicou a importância do curso. “Tanto no diagnóstico da tuberculose, que determina o início do tratamento, quanto no final do tratamento, ao se declarar o paciente curado, os exames laboratoriais são imprescindíveis nas indicações”, afirmou. “Por isso a coleta correta do material retirado do paciente para exame laboratorial, a leitura dos resultados desse exame bem como a inclusão dos dados no sistema de informação do MT Laboratório os quais são enviados para o Programa de Tuberculose Estadual e também para o Ministério da Saúde precisam ser aperfeiçoados constantemente, o que é um dos propósitos da Oficina”. Tanto a elaboração quanto a condução da Oficina foram feitas pelos servidores do MT Laboratório, seguindo as normas e protocolos do Ministério da Saúde. Os servidores fizeram as adaptações necessárias de acordo com as realidades de Mato Grosso. O diretor da Dahw, Manfred Gobel, elogiou a realização da Oficina. “Temos visto o bom resultado alcançado pela Saúde do Estado no enfrentamento e combate à tuberculose e nos sentimos orgulhosos de ser parceiros nessa luta. Em nossa associação temos uma pontuação (a, b, c, d) que mede o esforço que a entidade parceira está fazendo na busca da cura dessa doença. A Secretaria de Estado de Saúde sempre está colocada nos primeiros lugares dessa lista e isso nos convence de que estamos numa parceria de sucesso”, ressaltando ainda que o controle de qualidade dos exames realizados no MT Laboratório. “Chegam a alcançar 99{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} de precisão, o que é um percentual excelente de acertos”, afirmou ele. O coordenador do MT Laboratório, Luís Watanabe, explicou que a orientação do Ministério da Saúde é de que a Oficina seja realizada uma vez por ano, lembrando que o maior problema na cura da tuberculose é o abandono do tratamento. “Quando uma pessoa abandona o tratamento o bacilo da tuberculose se torna resistente aos medicamentos usados, que não fazem mais efeito. Pior ainda, a tuberculose resistente é transmissível, tornando a cura muito mais difícil e onerosa”, explicou. O tratamento para a cura da tuberculose simples dura seis meses e custa ao Ministério da Saúde, aproximadamente, R$ 80 a R$ 100 reais, por pessoa. Já a cura da tuberculose resistente, aquela que surge após o abandono do tratamento, leva mais tempo e consome dos cofres da Saúde, de R$ 5 mil a R$ 20 mil reais, por paciente. Mato Grosso já é referência no enfrentamento e combate à tuberculose usando, como principal arma nessa luta, o DOTS, sigla em inglês para Estratégia do Tratamento Supervisionado da Tuberculose. Usando o Tratamento Supervisionado os municípios prioritários alcançaram, em 2005, uma taxa de sucesso de 86,51{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} na cura de pacientes. Na hanseníase, no mesmo ano, o Estado alcançou um índice de cura de 82{79cc7c547c82c26ee96fc2fefb6afbdee3eadc00daef34e76e11ca91d3e5e06b} dos casos registrados. Comentando esses índices o diretor geral do MT Laboratório, João Villa, afirmou que “o Estado busca constantemente novas metodologias e formas de enfrentamento a essas doenças. A capacitação significa a atualização das metodologias que são aplicadas e, consequentemente, a adoção de novas experiências positivas divulgadas pelo Ministério da Saúde que possam ser contempladas no reforço às ações que o Estado já desenvolve. Continuar avançando é a nossa meta como forma de eliminar essas doenças”. A 1ª Oficina de Tuberculose e Hanseníase t