O governo angolano vai trabalhar com os seus parceiros nacionais e internacionais para efectiva erradicação da hanseníase no país, cuja prevalência apresenta indicadores animadores, atualmente fixados na ordem de 01 caso por cada 10 mil habitantes. A garantia foi dada na última quinta-feira (03/08) à imprensa pelo ministro angolano da Saúde, Sebastião Veloso, no final de uma audiência que o presidente da República em exrcício, Roberto de Almeida, concedeu em conjunto com o embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a eliminação da hanseníase, Yohei Sasakawa, e sua delegação. O ministro, que não avançou nenhum horizonte temporal para se alcançar aquela meta, disse entretanto tratar-se de um grande desafio, eliminar as bolsas de hanseníase existentes sobretudo em aldeias pobres, depois de o Governo conseguir atingir a taxa mínima recomendada pela OMS (01 caso por 10 mil habitantes). Durante a audiência, o presidente da República em exercício, Roberto de Almeida, garantiu apoio nos esforços de combate e erradicação da doença, segundo informou no final Yohei Sasakawa. O japonês explicou que a sua visita a Angola, a segunda num período de três anos, pretende dar também visibilidade aos esforços pouco conhecidos no mundo que Governo angolano tem estado a empreender para o combate à doença. “Não é muito conhecida a eliminação da hanseníase em Angola, mas é questão menos relevante, comparada com os esforços do Governo e seus parceiros que conseguiram eleiminar a doença”, sublinhou. O diplomata nipónico aproveitou o encontro para felicitar a seleção de Angola pela sua participação na Copa do Mundo de futebol, onde disse ter conseguido um grande reconhecimento internacional. O director regional da OMS para África, o angolano Luís Gomes Sambo, garantiu, por sua vez, apoio técnico e financeiro da sua organização ao Ministério da Saúde e seus parceiros, visando a erradicar as bolsas ainda existentes. Dados do Ministério da Saúde indicam que Angola atingiu em finais de 2005 os níveis de eliminação da lepra requeridos pela OMS, obtendo uma taxa de 0,93 casos por 10 mil habitantes. A taxa mínima recomendada pela organização é de um caso por 10 mil habitantes.