Associações de comunidades do Acre participam de reunião com a OAB-AC

Associações de comunidades do Acre participam de reunião com a OAB-AC

A OAB-AC e o MORHAN Rio Branco realizaram, na tarde desta terça-feira (22), uma reunião para esclarecer as dúvidas dos portadores da doença no Estado. O evento aconteceu na sala de reunião da sede da OAB – AC, e contou com a participação do presidente da OAB-AC, Florindo Poersch, do coordenador no MORHAN AC, José Gomes, e os presidentes das associações da Vila Santa Cecilia, Belo Jardim, Dom Moacir e Albert Sampaio. O encontro é fruto de uma parceria firmada em junho de 2010 entre a OAB-AC e o Movimento. Segundo Florindo Poersch, esta reunião faz parte de uma série de ações previstas na parceria. “A reunião tem o objetivo de esclarecer e o orientar estas pessoas que encontram extrema dificuldade em solucionar seus problemas. Desta forma, a OAB-AC busca cumprir o papel de garantir os interesses da sociedade”, declarou. Florindo Poersch falou também que a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB-AC) e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase assinaram um convênio de cooperação no ano passado. “O convênio tem o objetivo de defender os direitos dos portadores de hanseníase e garantir atendimento integral na área médica e hospitalar. A OAB-AC se compromete a prestar assistência gratuita aos portadores da doença e articular ações no sentido de amparar os interesses do grupo”. Porém, para Poersch, o convênio tem que se aprimorar. Ele explicou que esta nova parceria busca a solução de alguns problemas que o Movimento têm enfrentado, como a questão do processo de indenização, legalização de terras das áreas próximas das colônias, preconceito e discriminação, problemas burocráticos e jurídicos da entidade, entre outros. O presidente da OAB-AC comentou ainda sobre a intenção da Ordem em combater o preconceito à hanseníase. “Essa doença, por conta do desconhecimento, gera preconceito e descriminação social, então pretendemos fazer campanhas junto ao MORHAN e à imprensa no sentido de conscientizar as pessoas de que esta é uma doença curável. Vamos buscar, sempre junto ao Movimento, dar dignidade a essas pessoas e inseri-las ao convívio social”, declarou. Presente na reunião um grupo de pessoas que foram atingidas pela hanseníase, eles vieram pedir apoio da Ordem em relação aos processos administrativos solicitando os benefícios garantidos por lei. De acordo com coordenador do MORHAN no Acre, José Gomes, cerca de 600 processos foram encaminhados, mas poucos terão direito aos benefícios concedidos, por motivo que muito tiveram isolados em domicílio e não em preventórios.