Audiência debaterá criação de Centro de Referência em hanseníase em Cuiabá

Audiência debaterá criação de Centro de Referência em hanseníase em Cuiabá

A Assembleia Legislativa realizará audiência pública para debater a evolução da hanseníase e a necessidade da criação do Centro de Referência para tratamento da doença em Mato Grosso. O evento, requerido pelo deputado estadual Guilherme Maluf (Bloco Independente), está marcado para terça-feira (16), no auditório deputado Milton Figueiredo, a partir das 8 horas. O parlamentar avalia que as formas de combate e tratamento da hanseníase precisam ser reavaliadas pelos gestores públicos estaduais, municipais e demais profissionais envolvidos no tratamento da patologia, que avança, significativamente, no Estado. “Dificilmente conseguiremos eliminar a hanseníase, mas é possível controlar. Infelizmente em Mato Grosso há um descaso das autoridades competentes, o que tem provocado um avanço rápido da doença, além do surgimento de novos casos”.       Maluf afirma que as campanhas de esclarecimento, que ajudam no diagnóstico precoce da hanseníase, e a implantação do Centro de Referência para tratamento são duas alternativas eficazes para o controle e cura da doença. “Os pacientes, por exemplo, que precisam de cirurgia, recorrem a outros estados”. O médico especialista em hanseníase, José Cabral de Melo, ressalta que não se trata apenas de uma doença transmissível, capaz de provocar lesões de pele, mas de uma patologia que provoca deformidades dos nervos periféricos, principalmente quando o diagnóstico não ocorre precocemente. Do diagnóstico tardio também decorre a existência de tabus e preconceitos que envolvem a doença.       Apesar da maioria da população ser resistente à hanseníase, o médico afirma que Mato Grosso é um dos estados onde se mais tem registro da doença. “Precisamos fazer o dever de casa, pois a hanseníase não escolhe pessoas ou classe social. O contágio, ao contrário do que muitos pensam, é pela via respiratória e não pelo contato”, explica José Cabral. Ele acrescenta ainda que o doente é capaz de contaminar até cinco pessoas por ano.       Fonte: Site 24 Horas News