Movimento em defesa das pessoas atingidas pela hanseníase ganha núcleo em Cuiabá
Movimento em defesa das pessoas atingidas pela hanseníase ganha núcleo em Cuiabá n Mato Grosso tem o maior índice de incidência da doença no país n n O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), que tem 39 anos de atuação no Brasil, inaugura nesta quarta-feira (18 de novembro) um núcleo no município de Cuiabá, capital de Mato Grosso. A assembleia que elege a coordenação do núcleo será realizada às 19 horas, na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, na Av. André Antônio Maggi, 6. O evento contará com a presença do coordenador nacional do movimento e conselheiro nacional de saúde, Artur Custódio, vindo do Rio de Janeiro. n n “Este núcleo é estratégico, considerando que Mato Grosso é o estado com a maior incidência de hanseníase no país e precisamos fortalecer o enfrentamento à doença de forma transversal nas políticas públicas da região, com o viés dos direitos humanos”, destaca Custódio. O Morhan tem representação em esferas do controle social, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), e atua em interlocução com governos, entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais em defesa dos direitos humanos das pessoas atingidas pela hanseníase no país. A eliminação da hanseníase, o enfrentamento ao estigma relacionado à doença, a qualificação da assistência – do diagnóstico à reabilitação – e o direito à reparação por violações de direitos que historicamente atingiram as pessoas afetadas pela doença e seus familiares são alguns dos objetivos do movimento. n n Hanseníase no Brasil e no Mato Grosso n O Brasil é o país com a maior incidência de hanseníase no mundo, com uma taxa de aproximadamente 13 novos casos para cada 100 mil habitantes, segundo dados de 2019 do Ministério da Saúde. No total, foram registradas 27,8 mil notificações de novos casos no ano. Mato Grosso, por sua vez, é o estado com a maior incidência no país, com 4.224 novos casos em 2019, uma taxa de 119 casos por 100 mil habitantes, o que caracteriza o estado como hiperendêmico. “Além da alta taxa de incidência e da subnotificação que dificulta a eliminação da doença, em 2020 há o problema adicional do subdiagnóstico: com a desorganização dos serviços de saúde pela pandemia de covid-19, o Brasil tem diagnosticado muito menos casos de hanseníase do que deveria”, alerta o coordenador nacional do Morhan. A expectativa é que o núcleo de Cuiabá possa intensificar as ações de prevenção e educação em relação à doença no estado. n n Saiba mais n Hanseníase é uma doença infecciosa que afeta a pele e os nervos. Com o tratamento adequado, a partir da medicação e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades de saúde de todo país, a doença tem cura. A transmissão se dá pelo contato próximo e prolongado com pessoas sem tratamento afetadas pela doença na sua forma multibacilar. A partir do início do tratamento, a doença deixa de ser transmissível. São sinais e sintomas da doença: Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade à dor, térmica e tátil; sensação de fisgada e formigamento ao longo do trajeto dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; pele seca; inchaço nas mãos e nos pés; inchaço e dor nas articulações; redução da força muscular nos locais em que os nervos foram afetados; dor e espessamento dos nervos periféricos; caroços no corpo; olhos ressecados; feridas, sangramento e ressecamento no nariz; febre e mal-estar geral; feridas nas pernas e nos pés; e, nódulos avermelhados e/ou doloridos espalhados pelo corpo. n n Para mais informações e para se inscrever como voluntário/a, contate o Morhan pelo ZapHansen: (21) 97912-0108 n n Acompanhe o movimento nas redes: n facebook.com/Morhan.Nacional n instagram.com/morhannacional n n youtube.com/MorhanComunicação n
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