Foto: O filho separado Mauricio de Tarso Pereira de Jesus se emociona nos bastidores da gravação (Crédito:Elizabete Martins Campos)
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EXIBIÇÃO EM BELO HORIZONTE
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Documentário “Filhos Separados pela Injustiça” revela história pouco conhecida pelos brasileiros
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No Brasil do século XX, o Estado desenvolveu uma política que isolou do convívio social pessoas atingidas pela hanseníase e promoveu a separação de seus filhos, embora a doença tenha tratamento desde a década de 40. Essa história, pouco discutida no País apesar de ter atingido milhares de pessoas até a década de 1980, é a temática do curta-metragem documental “Filhos Separados pela Injustiça”, rodado em três municípios de Minas Gerais, com direção de Elizabete Martins Campos.
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O filme traz no primeiro plano a voz e rosto de pessoas que protagonizaram essa história, tendo sido separadas na infância de seus pais, pela mencionada política de isolamento compulsório da hanseníase. Ele será exibido dentro do projeto CIRCULABIT – Circuito de promoção audiovisual, que acontece no Cine Santa Tereza, em Belo Horizonte, no dia 13 de dezembro, às 17 horas, em uma sessão para imprensa, personagens, parceiros e comunidade (veja o serviço completo abaixo). Posteriormente, o documentário segue para festivais.
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Responsável pelas pesquisas e produção do filme, o advogado e voluntário do Movimento de Reintegração da Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Thiago Flores, explica que desde 2010 o Morhan reivindica a reparação de direitos dos chamados filhos separados. “As pessoas que foram internadas compulsoriamente até o ano de 1986 em algum hospital colônia no Brasil, recebem uma indenização desde maio de 2007, com a lei 11.520. A luta do Morhan é para que os filhos separados possam receber também uma indenização”, defende. Para o ativista, o documentário é importante “porque registra as injustiças que estas pessoas passaram e passam. A ideia é fazer um longa-metragem para tratar do assunto, visto que não somente em Minas Gerais, mas em diferentes regiões do país estas histórias ocorreram”.
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A cineasta e jornalista Elizabete Martins Campos, que responde pela direção e roteiro do projeto, relata que a experiência de filmar o documentário foi muito forte, comovente e geradora de inquietudes: “São relatos com todo tipo de violação humana, que vão de estrupo a trabalho escravo, agressão física, intelectual, abuso de poder, crime de estado, tudo de pior que possa acontecer a uma pessoa”. A diretora revela sua expectativa de que o curta possa colaborar “para que mais pessoas tenham conhecimento sobre as atrocidades que aconteceram num passado recente no Brasil e seus reflexos na atualidade. Que possa sensibilizar a opinião pública, principalmente, neste momento em que o país enfrenta tantas ameaças aos direitos humanos”, afirma.
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A banda de som do documentário tem como destaque os personagens cantarolando. Em meio a tantas histórias de dor e sofrimento, a música é remédio e companheira, como no caso de seu José Raimundo Rodrigues, que perdeu a maior parte da audição, pela violência física sofrida na infância. No curta ele é um exemplo de superação e otimismo em busca de seus direitos.
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A trilha sonora, assinada pelos músicos Yuri Guerra e Pablo Castro, traz como tema a “Oração de São Francisco”, em alusão ao nome da ex-colônia de Bambuí, em Minas Gerais e é interpretada pelo cantor Yuri Guerra, que também assina a narração. Yuri é artista voluntário do Morhan na divulgação de projetos da entidade.
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O documentário “Filhos Separados pela Injustiça” foi financiado pelo Programa de Reorientação da Formação Profissional em Saúde / PRÓ-SAÚDE III, uma parceria entre Pró-saúde, PUC MINAS, Conselho municipal de saúde, Morhan – Morhan Movimento de Reitegração das Pessoas Atingidas pela Hansenías, Prefeitura de Betim e produção da iT Filmes.
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Serviço:
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CIRCULABIT
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13 DE DEZEMBRO DE 2017
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Cine Santa Tereza – Belo Horizonte
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Gratuito
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17h – Pocket show de Yuri Guerra
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17h40 – Exibição do documentário “Filhos Separados Pela Injustiça”
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18h – Debate: O impacto além da tela e a história dos Filhos Separados pela política pública de internação compulsória da hanseníase no Brasil.
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Coordenação: Silvio Salvador – Advogado e vice coordenador do MORHAN MG
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Convidados:
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Thiago Flores – produtor audiovisual, advogado e voluntário Morhan
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Elizabete Martins Campos – roteirista, diretora e jornalista iT Filmes
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Professora Dra. Elza Machado de Melo – UFMG
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Ana Lúcia Figueiredo – Jornalista e militante em direitos humanos.
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Realização:
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IT Filmes, Comunicação e Entretenimento
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Parceria:
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Morhan – Movimento de Reintegração da Pessoa Atingida pela Hanseníase
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Apoio
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Cine Santa Tereza
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Fundação Cultural de Belo Horizonte
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Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
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FICHA TÉCNICA
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FILHOS SEPARADOS PELA INJUSTIÇA
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Documentário, 20`43`, Cor e P&B, Brasil, 2017.
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SINOPSE
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Imagina você … arrancado, retirada, afastado, distante, longe, isolada, descampado, solitária, solitário, só, sozinho, recolhido, retraído, desacompanhado, único, desprotegido, desvalido, desamparado, desajudado, abandonado, vago, apartado, separado da sua família, despovoado, desabitado, deserto, suspenso, anulado, inabilitado, cortado, abolido, suprimida, escorraçado, abusada, violentado pelo Estado … Esta é uma história real e atual, de brasileiros, em busca de justiça-, os filhos separados pela política pública de internação compulsória da hanseníase.
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Depoimentos na ordem de aparição no documentário Maria Aparecida Domingos, Isaltina Maria Pereira, Pedro de Paula Costa, Maurício de Tarso Pereira de Jesus, Perina Maria de Vasconcelos, José Raimundo Rodrigues, Maria Luiza da Silva, Paulo Jeova Navarro Queiroz
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Direção e Roteiro Elizabete Martins Campos
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Pesquisa e Produção Thiago Pereira da Silva Flores
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Direção de Fotografia e Montagem Fred Tonucci
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Imagens Fred Tonucci, Elizabete Martins Campos, Arquivos Movimento de Reitegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – Morhan
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Assistente de Produção Ander Pereira Menezes
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Narração Yuri Guerra – artista voluntário do Morhan Movimento de Reitegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase – Morhan
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Trilha sonora Yuri Guerra e Pablo Castro
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Cantorias José Raimundo Rodrigues, Maria Aparecida Domingos, Maria Luiza da Silva
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Documentário foi financiado pelo Programa de Reorientação da Formação Profissional em Saúde / PRÓ-SAÚDE III
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Parceria Pró-saúde, PUC MINAS, Conselho municipal de saúde, Morhan – Morhan Movimento de Reitegração das Pessoas Atingidas pela Hansenías, Prefeitura de Betim
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Apoio Yuri Guerra
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Produção: IT Filmes, Comunicação e Entretenimento