A conquista obtida na eliminação da hanseníase vai permitir que muitos angolanos fiquem livres das lesões causadas pela doença e poderem assim participar ativamente no processo de desenvolvimento do país, afirmou na última quinta (03/08) o ministro da Saúde (MINSA), Sebastião Veloso. O ministro revelou esses dados na cerimônia que marcou a vitória de Angola na luta contra a hanseníase, onde estiveram membros do governo, deputados, parceiros do MINSA e altas individualidades das Nações Unidas. A introdução da Multidrogaterapia (MDT), denominação do medicamento contra a henseníase, em 1998, proporcionou a mudança do quadro dessa doença no país, sublinhou. Acrescentou que a meta alcançada foi graças aos esforços especiais desenvolvidos pelos parceiros, nomeadamente OMS, outras ONG e igrejas, permitindo a redução com sucesso, a taxa de prevalência de 3,5 casos em 10 mil habitantes para 0,93 por 10 mil, levando o governo angolano a proclamar a eliminação da hanseníase como problema de saúde pública em Angola, em Janeiro deste ano. Por seu turno, o diretor regional da OMS para África, Luís Gomes Sambo, disse que cinco milhões de africanos estão direta ou indirectamente afetados pela hanseníase, por isso a OMS, em 1991, decidiu eliminar a doença como problema de saúde pública. Lembrou ainda que atingir a meta de eliminação não significa que a doença foi banida do país, mas que deverá haver maior engajamento, sensibilizando os parceiros para ajudarem a reduzir ao mínimo o problema da hanseníase nessa nova fase. “A vitória sobre a hanseníase dará forças para lutar contra outras doenças, como o HIV/AIDS, a tuberculose e a malária e melhorar a saúde materno infantil que não é das melhores em África”, frisou.