O Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) formado para debater a situação de ex-colônias de portadores de hanseníase vai fazer um levantamento de quantas pessoas – ex-pacientes, familiares e ex-funcionários – ainda vivem nesses locais atualmente. As colônias eram lugares onde os portadores de hanseníase viviam isolados, sem contatos com o mundo exterior. O GTI, composto por representantes de onze ministérios, coordenado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da Republica, vai mapear também a situação socio-econômica dos atuais moradores de 33 ex-colônias. Em entrevista à Yara Aquino, da Agência Brasil, a coordenadora do grupo Izabel Maior, afirma que a estimativa é de que nesse lugares ainda vivam cerca de três a quatro mil hansenianos, mas que somados aos agregados, esse número pode ser até quatro vezes maior. A coordenadora disse que com os dados da pesquisa será possível direcionar melhor as políticas públicas para esse grupo. “O Brasil tem essas políticas e essas ações, o que estamos percebendo é que esses programas não chegam às ex-colônias. O interesse do grupo é melhorar a qualidade de vida (dessas pessoas) e fazer com que todos os programas cheguem lá”, disse Izabel.Na última sexta-feira (20) o grupo realizou a quinta reunião e pela primeira vez com a participação do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI). Atualmente, a maioria das pessoas que vivem nos locais que funcionaram como colônias são idosas.