Hanseníase tem avaliação nas regiões de Ponta Grossa e Guarapuava

Hanseníase tem avaliação nas regiões de Ponta Grossa e Guarapuava

A coordenação estadual do Programa de Eliminação da Hanseníase, da Secretaria da Saúde, promoveu nesta sexta-feira (16) visitas de avaliação às cidades de Ponta Grossa, Castro, Piraí do Sul, Guarapuava e Prudentópolis. A visita aos serviços que prestam atendimento a pessoas portadoras da hanseníase teve o objetivo de avaliar a situação epidemiológica da doença, prestar assessoria técnica às equipes e compartilhar experiências. Em Castro foi discutido o trabalho de combate à doença no município, abordando o tratamento e o acompanhamento que as pessoas com hanseníase recebem. Castro é o segundo município onde ocorre maior número de casos na 3a Regional de Saúde, com sede em Ponta Grossa. Conta com uma equipe multiprofissional para o tratamento dos casos e é a única cidade da Regional que dispõe de um fisioterapeuta para dar atendimento à pessoa com hanseníase.Em Guarapuava houve uma visita ao Ambulatório Municipal de Dermatologia Sanitária, no qual funciona uma equipe multiprofissional que é referência para o estado. As ações do Programa de Eliminação da Hanseníase no município são descentralizadas para as unidades do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e do Programa Saúde da Família (PSF). Assim, a pessoa com hanseníase é tratada num posto de saúde próximo à sua residência. O ambulatório também faz um tratamento e acompanhamento especial dos doentes que apresentam feridas.“Prudentópolis sempre cuidou da pessoa atingida pela hanseníase na sua integralidade”, informa a coordenadora estadual do Programa de Eliminação da Hanseníase, Nivera Noêmia Stremel. Os casos de doença estão diminuindo no município. A cidade é referência estadual no tratamento com os comunicantes de hanseníase, ou seja, as pessoas que convivem com os portadores de hanseníase. Na cidade também foi realizada uma reunião com o Conselho Municipal de Saúde, do qual participam representantes da comunidade e profissionais da saúde, e nela foi apresentada a série histórica dos casos e discutida a situação da doença no município.Das atividades realizadas nos Regionais de Saúde de Ponta Grossa e Guarapuava, às quais pertencem as cinco cidades, também participou o diretor técnico da ONG NLR Brasil, Pieter Schreuder, uma associação holandesa de combate à hanseníase que mantém parceria com o governo do Paraná e com secretarias de Saúde de mais nove estados brasileiros. A ONG, junto com a coordenação estadual, avaliou alguns casos mais complexos de pessoas com hanseníase, agendadas pela equipe local, que necessitam de apoio mais técnico e de maiores cuidados.A NLR Brasil apóia o Programa de Eliminação da Hanseníase no Paraná. Entre suas atividades encontram-se a realização de capacitações e treinamentos e a cessão de pares de tênis para pessoas portadoras de hanseníase que apresentam problema nos pés, devido ao diagnóstico tardio, além da supervisão das tarefas por meio da coordenação estadual às equipes regionais e das regionais aos municípios.As visitas também foram acompanhadas pela coordenadora de comunicação nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Francisca Biskoski. O movimento é parceiro do Programa de Eliminação da Hanseníase e incentiva as pessoas portadoras da doença a realizar o trabalho de cuidados pessoais, para não ficarem com seqüelas. Além disso, dá orientações sobre como as pessoas com a doença devem proceder quando têm pé anestésico e mão anestésica e sobre os cuidados a tomar com os olhos. Do Paraná Online