Jovens promovem ato público contra avanço da hanseníase no País

Jovens promovem ato público contra avanço da hanseníase no País

Cerca de 120 jovens de vários estados vão ocupar o gramado do Congresso Nacional, no próximo dia 13 (quarta-feira), às 10h30, para alertar parlamentares e autoridades públicas para a alta incidência de hanseníase, em especial em pessoas de até 15 anos. A iniciativa faz parte das ações promovidas pelo Encontro Nacional de Jovens do MORHAN, que começa hoje (12).  O Brasil é hoje o primeiro no mundo em prevalência da doença, com 21,94 casos a cada 100 mil habitantes. No segundo lugar aparece o Nepal próximo dos 10 casos por 100 mil. Durante o “Ato de Alerta: um Mapa da Hanseníase no Brasil”, os jovens irão estender um painel de 30x30m no gramado do Congresso, do artista plástico de renome internacional Siron Franco – que participará do protesto. O painel irá apontar a incidência da hanseníase, por Município, em menores de 15 anos, nos últimos cinco anos. “É uma calamidade pública o crescente diagnóstico de hanseníase entre os jovens. É um problema muitas vezes ignorado, negligenciado, esquecido”, critica o jovem participante do ato e membro do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Corrêa. O Morhan é um movimento social que, há 27 anos, atua pela eliminação da doença no País e contra o preconceito.Outras participaçõesNo mesmo dia (13), às 9h30, os jovens irão participar de uma reunião no Conselho Nacional de Saúde. E às 14 h,  no Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, participarão do debate sobre “Cultura de Paz e Não Violência” que acontece durante o Encontro Anual do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems). Na ocasião será distribuído um panfleto aos gestores de saúde, cobrando o empenho de gestores e legisladores na implementação de estratégias para o enfrentamento da doença, já que há garantia doabastecimento do remédio fornecido gratuitamente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), da notificação junto ao Ministério da Saúde dos casos,  a qualificação dos profissionais de saúde, além de alertar para a necessidade de estruturação da média e da alta complexidade no tratamento da hanseníase.