Lançada a Associação Brasileira de Portadores de Leishmaniose

Lançada a Associação Brasileira de Portadores de Leishmaniose

MOVIMENTO SOCIAL

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Lançada a Associação Brasileira de Portadores de Leishmaniose

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A mobilização social em torno dos direitos das pessoas atingidas por doenças negligenciadas pelo poder público acaba de ganhar mais um espaço de organização e representação. Nesta quarta-feira, 12 de setembro de 2018, foi oficialmente lançada a Associação Brasileira de Portadores de Leishmaniose – ABRAP-Leish.

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O evento foi realizado em Mato Grosso, na câmara de vereadores do município de Ipiranga do Norte. Talita Zini, uma das fundadoras da associação, conta que o trabalho já está iniciado, com uma parceria com a Secretaria da Saúde e a Novartis para a realização de atendimentos com médicos infectologistas especialmente convidados para a ação.

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Com estatuto fundado em agosto, o movimento tem por finalidade promover medidas educativas que visem à prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, reabilitação, informação, promoção social e outras medidas relacionadas à cidadania e reintegração social da pessoa atingida pela leishmaniose.

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O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), tem a honra de ter colaborado no processo da “co-irmã” ABRAP-Leish e mandou um recado por vídeo para o evento de lençamento. Artur Custódio, da coordenação nacional do Morhan, cumprimentou especialmente Talita e Moacir Zini e a doutora Eva Grigoli (também voluntária do Morhan) pelo trabalho de fundação da associação. “A gente precisa de um movimento de base que possa pressionar as autoridades para que essa doença negligenciada, assim como é a hanseníase, não seja esquecida das políticas públicas”, afirmou.

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Saiba mais sobre a doença

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A Leishmaniose ocorre em 98 países. Os tipos “visceral” (LV) e “cutânea” (LC) são os mais comuns, com tratamentos difíceis de administrar, tóxicos e caros. A resistência à droga também é um problema. A falta de controle em áreas remotas torna difícil estimar a real incidência e a taxa de letalidade. O Brasil está entre os 7 países mais afetados do mundo, ao lado de Índia, Etiópia, Quênia, Sudão do Sul, Somália e Sudão; juntos compõem mais de 90{0322678037f9aaf3519e3c8bbb7de27fdaa3ad44fdd9fea216a8edadef4e6c97} dos novos casos. Desde 2015, o Maranhão é o estado líder na do tipo visceral (ou calazar) em humanos, e os números seguem crescentes tanto em registros quanto em óbitos. Em 2016, 17 países endêmicos reportaram 48.915 casos de cutânea (LC) e mucocutânea (LM), e o maior registro é do Brasil, com 12.690 novos casos. A Visceral (LV) é potencialmente fatal, se não tratada, presente em 76 países e endêmica em 12 países das Américas. Cerca de 96{0322678037f9aaf3519e3c8bbb7de27fdaa3ad44fdd9fea216a8edadef4e6c97} dos casos na região estão concentrados no Brasil, com ampla distribuição geográfica, mas especialmente no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. (Informações do Fórum Social Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Infecciosas e Negligenciadas)