O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta semana uma carta, que será divulgada domingo (29) em Nova Délhi, na Índia, pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, onde a hanseníase é apresentada não só como um problema de saúde, mas também como uma questão de direitos humanos. A carta será assinada por 12 líderes mundiais, entre eles o líder tibetano Dalai Lama e o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter.A informação foi dada por representantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), recebidos hoje pelo presidente no Palácio do Planalto. “A carta que o presidente Lula assinou coloca a hanseníase sob a proteção dos direitos humanos, ou seja, ela passa a ser um problema acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas”, explicou Artur Custódio, um dos integrantes do movimento que participou da audiência juntamente com o cantor Ney Matogrosso. Durante o encontro com o presidente Lula, os representantes do Morhan pediram apoio para que sejam divulgadas mais informações sobre a hanseníase. “Queremos que a população saiba que a hanseníase á uma doença que tem cura”. De acordo com Ney Matogrosso, o presidente prometeu estudar a criação de um grupo interministerial, com representantes de vários orgãos do governo, para propor medidas de combate à doença. “A meta é acabar com a doença. Nós éramos o segundo no ranking, mas a Índia eliminou a hanseníase. A cada ano surgem 38 mil novos casos no país”, disse Ney Matogrosso. Segundo informações da Fiocruz, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por bacilos. Não é hereditária e a evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada. Os principas sintomas são: dormência nas extremidades das mãos e pés, manchas brancas e avermelhadas em qualquer parte do corpo, geralmente com perda de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato, e diminuição da força muscular. Nélson Motta – Repórter da Agência Brasil