Mais onze casos de hanseníase em menores

Mais onze casos de hanseníase em menores

A hanseníase continua a fazer vítimas no Acre. Em Rio Branco, nos últimos dias, foram registrados onze casos em indivíduos menores de 15 anos. Com o número crescente da doença, coordenadores do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase decidiram intensificar a campanha de conscientização. Para o coordenador do MORHAN, Elson Dias, o aumento da doença ocorre devido ao diagnóstico tardio. Muitos pacientes não se preocupam em buscar atendimento médico logo que apresentam os primeiros sintomas, o que dificulta a cura. Outros simplesmente abandonam o tratamento. De acordo com Elson, os casos mais recentes que envolvem crianças preocupam a direção do MORHAN. Segundo ele, se uma criança contraiu a hanseníase, há grande probabilidade de que pessoas próximas a ela também possam estar com a doença. Edson viajou, na manhã de ontem, para o município de Cruzeiro do Sul, onde deverá participar de uma reunião com os demais membros do MORHAN dos vales do Juruá e Envira. A finalidade do encontro é intensificar a campanha de conscientização nessas regionais e evitar o aumento de casos de hanseníase. “A mobilização em Cruzeiro do Sul se dá no dia da festa do novenário em razão da maior concentração de pessoas no município”, afirma Edson. Segundo ele, a equipe de Rio Branco deverá seguir pela BR-364, realizando visitas nas regiões em que há indícios da doença. Para o coordenador, os locais mais pobres e com saneamento básico precário são os mais propensos à propagação da hanseníase. Casos registrados No ano passado havia 253 portadores de hanseníase no Estado, dos quais 96 na capital, 31 em Cruzeiro do Sul e 22 em Sena Madureira.  Campanha de conscientização Na próxima semana, a equipe do MORHAN deverá atuar no terminal urbano, rodoviária, escolas públicas, praças, além de realizar visitas domiciliares, com distribuição de panfletos para orientar a população sobre os riscos e cuidados que devem ser tomados contra o contágio da doença.  Fonte: Jornal “A Tribuna”