CARTA ABERTA Conhecemos GILSON CANTARINO há mais de 20 anos! Sempre primou pelo compromisso com a saúde pública brasileira, pela ética na gestão, tornando-se mais que uma liderança: um mestre. Mesmos os que eventualmente dele discordam, são unânimes em reconhecê-lo como um gestor íntegro. Hoje, como consultor do Núcleo de Recursos Humanos para o SUS, do CONASS é respeitado e é uma referência nacional neste tema, com inúmeros trabalhos escritos e publicados. Sua gestão frente à Secretaria Municipal de Saúde de Niterói, ao Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde – CONASEMS e presidindo o Conselho Nacional de Secretários [estaduais] de Saúde – CONASS foram inovadoras na garantia do direito do acesso dos cidadãos aos serviços de saúde, pela probidade administrativa e pela capacidade de articulação política, construção de consensos e aglutinação em torno do SUS. Gilson teve todas suas contas de gestão e prestação de contas de convênios aprovadas sem reparos por onde passou. Assim podemos afirmar, sem medo de errar, que Gilson não é responsável direto pelas denúncias que esta sendo alvo. Se algum erro ele cometeu foi o de confiar, de boa fé, nas indicações e nomeações de auxiliares em cargos de chefia na SES/RJ feitas por seus governantes. Auxiliares estes que traíram a sua confiança. No jornal “O GLOBO” de 17 de julho, 1º. Caderno, página 3 consta: “A análise do material apreendido anteontem […] mostra que pelo menos R$ 3,6 milhões dos R$ 60,9 milhões desviados da Secretaria de Saúde foram divididos entre onze de 12 pessoas” (grifo nosso). A seguir a reportagem apresenta os nomes das pessoas que supostamente teriam recebido dinheiro. Não consta o nome de Gilson Cantarino. Não consta porque ele seria e é incapaz de fazê-lo ou permitir que o fizessem! Como leigos em ciências jurídicas, mas como cidadãos esclarecidos, entendemos que no caso da prisão do Gilson e negativa de hábeas corpus constata-se a absurda inversão do pilar constitucional da INOCÊNCIA PRESUMIDA pela prática da culpa presumida sem julgamento. A exposição na mídia do Gilson com já condenado pelo que eventualmente poderia ser responsável (inconcebível para um cidadão tão somente indiciado como suspeito), poderia levar à destruição irremediável da carreira e do patrimônio moral um homem público sério, que trabalha diariamente para seu sustento.No caso do Gilson sua história é bem maior que os injustos danos eventualmente causados. Gilson: tenha força como tens caráter! A verdade prevalecerá. Esta carta reflete unicamente a nossa convicção pessoal, sem qualquer comprometimento da instituição em que trabalhamos. Ricardo F. ScottiEx-secretário-executivo do CONASS na gestão Gilson Cantarino.Atual Coordenador de Desenvo