O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN) no Acre, a exemplo da coordenação nacional da entidade, declarou apoio à candidata Dilma Rousseff à Presidência da República. O encontro entre as lideranças do Movimento e os petistas no Estado aconteceu no sábado, 23, ocasião em que os portadores de hanseníase agradeceram o apoio recebido do governo nos últimos anos. “Temos muito a agradecer ao presidente Lula, que criou em 2006, sob a coordenação da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, um grupo de trabalho interministerial com a tarefa de diagnosticar e propor medidas para reparar a violência da qual os portadores da doença que foram vítimas”, explica o assessor de comunicação da entidade, Elson Dias. Com essa iniciativa, segundo o assessor, o governo reconheceu a responsabilidade do Estado pela violação dos direitos humanos desse segmento, oferecendo-lhe o resgate da dignidade e assegurando condições de vida adequadas. “A iniciativa envolvia mais uma das dívidas históricas que o governo federal tinha, tendo decidido enfrentar e propiciar um processo de aprendizagem para os gestores públicos”, acrescenta Elson Dias. Ainda de acordo com o assessor, a tarefa do governo não era simples, tendo em vista as centenas de anos em que os hansenianos sofreram os efeitos da exclusão. Os doentes eram obrigados a se recolherem numa segregação que exibia as características de banimento, sendo considerados como uma ameaça ao convívio social. “O Lula conheceu a causa dos portadores de hanseníase no início da construção do PT. Criou relações com as lideranças do Movimento e visitou as colônias antes de assumir o governo, aliás, ele foi o primeiro presidente, depois de Getúlio Vargas, a visitar esse tipo de instituição”, destaca.Lei de reparação foi defendida no Senado por Tião Viana – “O governador eleito, Tião Viana, médico com militância na defesa da causa, também acolheu as demandas do MORHAN. Foi ele que apresentou no Senado o projeto que impulsionaria a ação do Executivo que levou à aprovação da lei de reparação”, lembra Elson Dias. Ele destaca que desde a audiência de 2006 com representantes do MORHAN, na qual o presidente Lula determinou a criação do Grupo de Trabalho Interministerial, até o início efetivo do pagamento das pensões vitalícias, pode-se afirmar que o processo transcorreu em tempo recorde. “A reparação econômica é uma das principais recomendações do relatório. Assim, foi mais uma vez comprovado que as propostas de políticas públicas e os projetos enviados ao parlamento têm maiores chances de aprovação quando construídos em consenso entre o Executivo, os parlamentares e os movimentos sociais”, destaca.Elson Dias enfatiza que para o MORHAN a assinatura de Lula sobre a Medida Provisória 373, de 24 de maio de 2007, não foi só mais um evento oficial. “Os membros do Movimento estavam presentes para sentir a emoção de cada orador que encontrava eco nas palmas e nas lágrimas. É por este motivo que apoiamos a Dilma para nos assegurar que o trabalho terá continuidade”, expõe. Lideranças nacionais destacam os avanços do governo Lula – As lideranças nacionais do MORHAN estiveram com a candidata Dilma Rousseff, no último dia 23, durante a passagem dela pela comunidade de Santa Isabel, em Betim, Minas Gerais. Na ocasião, os membros do Movimento agradeceram o apoio e destacaram os avanços do governo no setor.Dilma reafirmou a parceria e anunciou seu compromisso de manter as portas de sua administração abertas para o MORHAN. “A candidata assinou uma carta de compromisso com o Movimento, na qual se compromete a manter atenção aos hansenianos. Também disse ter acompanhado de perto as ações de combate a dissemi