MORHAN Jabaquara luta pela melhoria do atendimento nos serviços de saúde em SP

MORHAN Jabaquara luta pela melhoria do atendimento nos serviços de saúde em SP

O Município de São Paulo não dispõe hoje de soluções para as pessoas atingidas pela hanseníase. Serviços de Saúde estão sucateados em meio às Organizações Sociais (O.S.) com dificuldade de espaço, equipes incompletas e pacientes jogados à sua própria sorte, com dificuldade de referência de internações hospitalares, principalmente para reações e sequelas. O MORHAN Jabaquara tem recebido diversas denúncias sobre falta de material de curativos de feridas e dificuldade de retirada de calosidades, trazendo graves prejuízos aos pacientes e até riscos de amputações, cada vez mais freqüentes. Pacientes tem passado em diversos serviços de saúde, principalmente em hospitais de São Paulo, sem resolução de seu problema. Alguns são encaminhados para municípios vizinhos, como Guarulhos, retornam sem conseguir atendimento. O assunto tem sido pauta de diversos questionamentos no Ministério Público e Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores de São Paulo nas reuniões realizadas às quartas-feiras, às 13h, nas audiências públicas. As discussões tem levado à sensibilização dos vereadores de São Paulo sobre o problema da hanseníase. O MORHAN Jabaquara, ao lado do Indhuma (Instituto de inclusão e diversidade humana) e Movimento Popular de Saúde da Região Sudeste, tem lutado para mudar esta situação de descaso de saúde com os pacientes atingidos pela doença e a população em geral.  No dia 16 de abril, o Ambulatório de Especialidades Ceci recebeu uma visita da comissão de saúde da Câmara. A gerência da Unidade foi questionada sobre a falta de material, de médico vascular e da troca de pessoal de enfermagem da sala de curativos. Em 10 de maio, aconteceu uma reunião no Ministério Público com os promotores Dr. Artur Pinto Filho e Dra. Ana Lúcia Menezes Vieira, MORHAN Jabaquara, a direção da Unidade, a Supervisão Técnica V. Mariana e a Coordenadoria da Região Sudeste, juntamente com o programa municipal e representante do COVISA (Coordenadoria de Vigilância à Saúde) sobre as dificudades apontadas no Ceci. Uma carta de intenções para a resolução do problema foi elaborada, sendo indicados como fiscais a coordenadora do núcleo Jabaquara, Leide Masson, e a presidente do Indhuma, Clarice Oliveira. No dia 12 de maio, a enfermeira Sandra prestou esclarecimentos na Câmara e recebeu uma homenagem pelo Dia da Enfermagem.Existe hoje na Assembléia Legislativa de São Paulo um projeto de lei do deputado estadual Conte Lopes (PL 419/2010) e outro na Câmara de Vereadores de São Paulo do Dr. Milton Ferreira para criação de um Centro de Referência de Hanseníase completo (hospitalar e ambulatorial), dentro da proposta do SUS, para os pacientes atingidos pela Hanseníase. A Ordem de São Lázaro tem oferecido apoio a esta luta.