Após ampla articulação com movimentos sociais, academia e conselhos de saúde, foi realizado no Rio de Janeiro, nas dependências da Universidade Veiga de Almeida e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o Encontro Sudeste de Educação Popular em Saúde. Mais de 300 pessoas, representando quatro Estados da Região Sudeste do Brasil, participaram do evento, realizado em 28 de junho.O objetivo do encontro foi levantar propostas e sugestões para o estabelecimento no Ministério da Saúde de uma Política Nacional de Educação Popular em Saúde. A abertura do evento foi marcada por uma “cenopoesia”, desenvolvida por Ray Lima e Vera Dantas, que representa a expressão viva da dialética da importância da Participação Popular pelo Sistema Único de Saúde. O MORHAN, que faz parte do Comitê Nacional de Educação Popular em Saúde, no Ministério da Saúde, participou do evento em vários âmbitos: na recepção, com entrega de jornais, cartilhas e materiais educativos; na mesa de abertura, com o Secretário Eni Carajá Filho, que falou em nome da bancada de Minas Gerais presente.“O saldo desta participação foi super positivo e revigorou muito os ânimos daqueles que tem a utopia de ver concretizado o processo de Educação Popular, que mesmo institucionalizada no Ministério da Saúde, defendemos a autonomia dos movimentos sociais, pois acreditamos que teremos o maior respeito da Secretaria Nacional de Gestão Estratégica e Participativa”, afirmou Eni, em entrevista para o site. As experiências apresentadas têm interface direta com o que o núcleo executa, somada aos núcleos do MORHAN em todo o Brasil, e reveste-se de um valor histórico fundamental e inalienável. “Agradecemos os organizadores do Encontro Sudeste, em especial a Professora Helena David que se preocupou com todos os detalhes que garantiram o sucesso do nosso Encontro. Pessoas que se conheciam apenas pelas listas de participação na Internet, seja da Aneps e da Educação Popular, tiveram a oportunidade de conversar pessoalmente”. Outra questão registrada no Encontro foram as dificuldades que os habitantes do Quilombo da Marambaia, no Rio de Janeiro, estão passando. “Eles fizeram uma belíssima apresentação, quando o jongo contaminou a todos na elevação do espírito e do corpo, a dança fluiu fácil, mas é preciso que nosso país e o Estado do Rio de Janeiro reconheçam as dificuldades do Quilombo e resolva as questões por eles reivindicada, sobretudo o acesso a Luz elétrica e infra-estrutura”, complementa o Secretário. Eni Carajá Filho destaca a participação de Adia Machado e de sua mãe (também Adia) do motorista do MORHAN, Erica Sena, Conceição Pimenta, Thiago Flores, do Núcleo Betim, dos diretores da Executiva Nacional Sylvia Daflon e Eni Carajá, do parceiro do Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do RJ e do Laboratório Tupi Nagô, Vitor Pordeus, e outros militantes da Central de Movimentos Populares, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e de entidades dos quatro Estados que completaram o sucesso do evento. Os fios metodológicos que foram discutidos nos grupos de trabalho, escolhidos por meio de dinâmicas populares, foram rodas de conversa – fios que se entrelaçaram na confecção de uma colcha de retalhos, com mensagens do Movimento, para o processo de discussão. “Desatamos alguns nós, mas de nada valerá se não houver continuidade nos Estados. O MORHAN tem uma responsabilidade ímpar por meio de sua militância a articular e se inserir nas iniciativas existentes, e continuar esta luta”.O 3º Encontro Nacional da Anesps, que será realizado nos dias 28,29 e 30 de Julho em Goiânia, se configura como outro um ponto de continuidade das discussões. As inscrições para participação estão aber