Escrito por Leandro Chaves – leandrochaves@pagina20.com.br A diretoria do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase do Acre (Morhan-AC) está em Cruzeiro do Sul desde a segunda-feira (26) realizando ações de identificação de novos casos e combate à doença. A atividade, que se encerra neste final de semana, também conta com campanhas contra o preconceito. O evento, que faz parte de um conjunto de ações a serem promovidas em todo o Estado até o final deste ano, traz palestras nas escolas e visitas domiciliares aos portadores da enfermidade, que, nos últimos dez anos, teve redução de 98{f7c3764f0e4c7c4bf2745755e122a608d6cd7137043b2067a0d398e586891438} no Acre. As palestras informam sobre a identificação dos sintomas e as formas de prevenção. “A nossa parceria com os núcleos municipais irá render bons frutos no que diz respeito à importância da difusão de informações e eliminação de velhos mitos sobre a hanseníase”, destaca o coordenador do Morhan, o voluntário Elson Dias. CONVERSAS com populares é umadas ações do Morhan no municípioEle acredita que o conhecimento é um dos meios mais eficazes da população cuidar da saúde. Por isso, durante as viagens ao interior, conversa com a população sobre a importância da identificação dos sintomas da doença e da realização do tratamento. Para a coordenadora do setor de Dermatologia da cidade de Eirunepé, no Amazonas, Gizelia Cavalcante, a parceria entre Morhan Estadual e os núcleos da entidade nos municípios fortalece o combate à doença. “Muitas vezes precisamos apenas de um lembrete de alguém de fora do nosso convívio para mudarmos o pensamento sobre determinadas questões”, disse. O contágio da hanseníase ocorre por meio das vias respiratórias. O contato físico com os portadores da doença não ocasiona contaminação. “Lembramos ainda que o tratamento é gratuito e o paciente recebe o acompanhamento de equipes do Sistema Único de Saúde (SUS)”, acrescentou Elson Dias. O tratamento pode durar de seis a 12 meses, dependendo do estágio da doença. “Quanto mais cedo à hanseníase for descoberta menores serão as sequelas. O agravante dessa doença é o período de incubação – tempo para aparecerem os sintomas – que pode demorar de dois a cinco anos”, complementou o coordenador da entidade.