Movimento em defesa das pessoas atingidas pela hanseníase ganha núcleo em Mossoró
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O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), que tem 40 anos de atuação no Brasil, inaugura nesta quinta-feira (22 de julho) um núcleo no município de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A assembleia que elege a coordenação do núcleo será realizada às 14 horas, no auditório da Faculdade de Enfermagem da UERN – R. Des. Dionísio Figueira, 383. O evento contará com a presença do coordenador nacional do movimento e conselheiro nacional de saúde, Artur Custódio, vindo do Rio de Janeiro/RJ, e do vice-coordenador nacional Faustino Pinto, de Juazeiro do Norte/CE.
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“Além de ser estratégico para a região, este núcleo é fruto de um bonito trabalho que vem sendo realizado com pacientes e profissionais de saúde em parceria com a ONG BRASA – Brasil, Saúde e Ação. Nosso objetivo é fortalecer o enfrentamento à hanseníase de forma transversal nas políticas públicas da região, com o viés dos direitos humanos”, destaca Custódio. O Morhan tem representação em esferas do controle social, como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), e atua em interlocução com governos, entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais em defesa dos direitos humanos das pessoas atingidas pela hanseníase no país. A eliminação da hanseníase, o enfrentamento ao estigma relacionado à doença, a qualificação da assistência – do diagnóstico à reabilitação – e o direito à reparação por violações de direitos que historicamente atingiram as pessoas afetadas pela doença e seus familiares são alguns dos objetivos do movimento.
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Hanseníase no Brasil, no Rio Grande do Norte e em Mossoró
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O Brasil é o país com a maior incidência de hanseníase no mundo, com uma taxa de aproximadamente 13 novos casos para cada 100 mil habitantes, segundo dados de 2019 do Ministério da Saúde. No total, foram registradas 27,8 mil notificações de novos casos no ano. Rio Grande do Norte, por sua vez, registrou 192 novos casos em 2019 (5,38 casos por 100 mil habitantes), dos quais 50 casos foram em Mossoró – o que torna a taxa de detecção de novos casos do município duas vezes maior que a do Estado, com 16,81 novos casos por 100 mil habitantes.
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“Além da alta taxa de incidência e da subnotificação que dificulta a eliminação da doença, desde 2020 estamos lidando com o problema adicional do subdiagnóstico. A desorganização dos serviços de saúde pela pandemia de covid-19 levou o Brasil a diagnosticar menos da metade dos casos que deveria nesse período”, alerta o coordenador nacional do Morhan. A expectativa é que o núcleo de Mossoró possa intensificar as ações de prevenção e educação em relação à doença na região.
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Saiba mais
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Hanseníase é uma doença infecciosa que afeta a pele e os nervos. Com o tratamento adequado, a partir da medicação e acompanhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades de saúde de todo país, a doença tem cura. A transmissão se dá pelo contato próximo e prolongado com pessoas sem tratamento afetadas pela doença na sua forma multibacilar. A partir do início do tratamento, a doença deixa de ser transmissível. São sinais e sintomas da doença: Manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade à dor, térmica e tátil; sensação de fisgada e formigamento ao longo do trajeto dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; pele seca; inchaço nas mãos e nos pés; inchaço e dor nas articulações; redução da força muscular nos locais em que os nervos foram afetados; dor e espessamento dos nervos periféricos; caroços no corpo; olhos ressecados; feridas, sangramento e ressecamento no nariz; febre e mal-estar geral; feridas nas pernas e nos pés; e, nódulos avermelhados e/ou doloridos espalhados pelo corpo.
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Para mais informações e para se inscrever como voluntário/a, contate o Morhan pelo ZapHansen: (21) 97912-0108
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