MT terá Centro para tratamento de hanseníase

MT terá Centro para tratamento de hanseníase

Já está com o governo do Estado, aprovado em definitivo pela Assembleia Legislativa, o projeto de lei que cria um Centro de Referência para Tratamento da Hanseníase em Mato Grosso. A medida vai possibilitar a oferta de diagnóstico e o tratamento a pessoas com hanseníase, em sua fase inicial. Ela é apontada como única solução para redução ou extinção do quadro da doença no estado. Pelo projeto, a implantação desse centro poderá acontecer em parceria com prefeituras, hospitais beneficentes, instituições universitárias públicas e privadas e instituições filantrópicas que ofereçam cursos e atendimentos nessa especialidade. Dados da Superintendência de Vigilância em Saúde revelam que, em 2009, foram registrados 2.275 novos casos de hanseníase e uma taxa de 73{402c67a6851b0c7e83348619e5b1ac880515492add170581331d9ab1eaa294de} de cura em Mato Grosso. Com esses números, o estado ocupou o quinto lugar no ranking nacional entre os que mais notificaram a doença naquele ano. Ele só ficou atrás de Pará, Maranhão, Pernambuco e Bahia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) garantiu que a doença ainda é problema de saúde pública no Brasil e que Mato Grosso apresentou uma das situações mais desfavoráveis nos últimos dez anos. A fonte dessa informação é um trabalho de pós-graduação apresentado no ano passado ao Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso. “Somente com determinação e competência dos vários setores da sociedade poderemos eliminar a hanseníase de nossas comunidades e dar uma qualidade de vida satisfatória para o portador da doença que estiver em tratamento”, alertou o autor do projeto, deputado Wagner Ramos (PR). Segundo ele, o poder público tem o dever de conduzir o problema com a máxima seriedade, encarando-o friamente – com isenção de ideologias de quaisquer naturezas. O principal objetivo do Centro de Referência de Hanseníase é a oferta de assistência às pessoas atingidas pela doença, por meio do atendimento integralizado no Sistema Único de Saúde (SUS). O centro deve oferecer ainda atendimentos ambulatorial e hospitalar completos, com leitos de retaguarda. Fonte: A Gazeta – MT – Cuiabá/MT