O LUGAR DA MULHERAutoria: Ruimar Batista “Bela, de longe é a montanhaPor que tão dura é a escalada?” Sabedoria africana A sociedade ocidental foi e continua sendo machista, muito dessa cultura é herança ancestral. A grande valorização masculina e da família é secular, a família que em geral era patriarcal, raramente matriarcal, tinha muita força e poder, era super valorizada e ainda é muito prestigiada, atualmente continua marcada por uma forte carga emocional e sentimental; e, fundamenta-se no relacionamento marido-esposa, ou seja, no amor conjugal e no amor materno. Além disso, acontecia e continua acontecendo a separação entre os lugares/espaços públicos e particulares / privados ocupados pelo homem e pela mulher. A mulher negra sempre foi e continua mais marginalizada que a mulher branca, quando ocupa um lugar de destaque ou chefia é olhada com desconfiança, como se fosse uma pessoa sem condições de estar nesse lugar, sendo ainda muito perseguida e discriminada. Os espaços particulares / privados do relacionamento homem-mulher baseiam-se nas relações pessoais (íntimas, afetivas – Quociente Emocional – QE), os espaços particulares / públicos fundamentam-se na racionalidade e inteligência – Quociente Intelectual – QI. Durante muito tempo, a mulher, que era considerada do sexo frágil e consequentemente mais frágil, emocional / sentimental / afetiva era a responsável pelo espaço particular / privado e o homem pelo espaço público. Por esse motivo, mulher não tinha o direito de estudar nem de votar ou ser votada, em outras palavras, não participava da vida política. Esses modelos sociais imperaram no país do século XVI ao século XIX, apenas nos crepúsculos do século XIX e princípio do século XX é que floresceram discursos feministas de mulheres e homens questionando o papel e o lugar que a mulher ocupava na sociedade. A partir dessa ação foi que as mulheres deixaram de ser as responsáveis apenas pela família ( rainha do lar, mãe, dona de casa, cuidar