Portadores de hanseníase pedem reabertura de UBS

Portadores de hanseníase pedem reabertura de UBS

Pessoas atingidas pela hanseníase que vivem no Conjunto Habitacional Guilherme Alexandre, na Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste, estão reivindicando a reabertura da Unidade Básica de Saúde (UBS), que funcionava no local e foi fechada para reformas em fevereiro deste ano.A unidade é muito utilizada pelas pessoas atingidas pela hanseníase que são portadoras de úlceras plantares, sequelas da doença. Elas necessitam da realização de curativos diários. Desde o fechamento da unidade, segundo a coordenadora do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN), Valdenora da Cruz Rodrigues, os pacientes estão recebendo o material de curativos – entregue em uma residência situada ao lado da UBS – e realizando o procedimento em casa. Segundo ela, muitos preferem fazer na própria residência dada a dificuldade de deslocamento até a unidade mais próxima. O atendimento a domicílio, que deveria estar sendo feito por determinação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), não estaria acontecendo, segundo Valdenora. Ao tomar conhecimento da situação, a subsecretária de Gestão da Saúde, da Semsa, Denise Machado, informou que irá hoje pessoalmente ao Conjunto Guilherme Alexandre verificar o que está ocorrendo. Segundo ela, a determinação do secretário Francisco Deodato foi de que o atendimento domiciliar fosse mantido até a reabertura da UBS. Denise explicou que as obras de reforma estão em fase de conclusão (acabamento e finalização). ?A área onde funcionava o coreto, depois das reuniões com a comunidade, foi transformada em área de reunioes e na recepção da unidade, o que retardou a entrega da obra?, contou. A UBS será reaberta toda climatizada, com o piso adequado e a complementação da equipe, com número maior de técnicos em enfermagem e profissionais de nível superior, o que permitirá a ampliação de programas de saúde, como o de controle da hanseníase e da tuberculose.Imagem: Integrantes do MORHAN dizem que unidade era muito usada por vítimas de hanseníase (Foto de Bruno Kelly)Fonte: Jornal A Crítica